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Bancários podem cruzar os braços a partir do dia 18

Por
Roberto Vaz

Manoel Façanha


O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban não chegaram a um acordo na última rodada de negociação, ocorrida na última terça-feira (4), na cidade de São Paulo, assim frustraram as expectativas da categoria para fechamento de acordo sem a necessidade de uma greve.


Diante do impasse, o comando definiu calendário de mobilização que aponta para a realização de assembleias nesta quarta-feira (12), para deflagrar greve, por tempo indeterminado, a partir do dia 18, com assembleias organizativas no dia 17.


A rodada durou menos de meia hora. Contrariando as expectativas de que colocariam novos avanços à mesa de negociação, os bancos mantiveram a proposta de 6% de reajuste (aproximadamente 0,7% de aumento real) feita no dia 28 de agosto.


Fenaban empurra categoria para greve, diz Batistela


Além de não trazer nova proposta, os bancos descumpriram o compromisso anunciado nas negociações anteriores de montar um projeto-piloto em Recife para testar equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros.


Bancos empurram bancários para a greve


De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, com essa postura intransigente da Fenaban estão empurrando os bancários para a greve.


– Eles não mudaram de posição nem depois da divulgação da pesquisa do Dieese, na semana passada, revelando que 97% das categorias profissionais fecharam acordos com reajustes acima da inflação, no primeiro semestre. Portanto, o sistema financeiro, o mais dinâmico e rentável da economia, tem condições de atender à reivindicação de aumento real de 5% dos bancários, explicou o sindicalista.


 


Somente os seis maiores bancos lucraram R$ 25,2 bilhões no primeiro semestre e ainda provisionaram R$ 39,15 bilhões para devedores duvidosos, um grande exagero para uma inadimplência que cresceu apenas 0,7 pontos percentuais no período.


– A categoria está mobilizada para uma possível greve, mas os patrões têm oportunidade de evitá-las, mas, para isso, terão que melhorar a proposta apresentada na terça-feira (20), finalizou Batistela.


 Bancários querem continuar negociando


A Contraf-CUT, conforme orientação do comando, enviou carta ainda na quarta-feira 5 à Fenaban, manifestando disposição para o diálogo e resolver o acordo na mesa de negociação. Também encaminhará ofícios aos bancos públicos, cobrando apresentação de propostas para as reivindicações específicas dos trabalhadores, e aos bancos privados, para reiterar a exigência de negociações sobre garantias de emprego.


– Queremos continuar negociando e buscar um acordo que contemple, sobretudo, aumento real, valorização maior do piso, PLR de três salários mais R$ 4.961,28 fixos, mais contratações e garantias contra demissões imotivadas, explicou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.


 


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Roberto Vaz

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