Menu

PM monta barreira e sem-teto não podem entrar ou sair de área invadida em Rio Branco

Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com
fotos: Gabriel De Angelis/ Contato (68) 9902 6238


O presidente do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), Jocivan dos Santos denunciou neste domingo, 02, que policiais militares montaram uma barreira no Ramal Novo Cruzeiro, na estrada de Porto Acre, impedindo a circulação dos sem-teto, que ocupam uma área de terra no local.

Publicidade

Segundo o ativista, cerca de 130 pessoas estariam impedidas de entrar ou sair da área em litígio. “Quem sair corre o risco de ser preso. Os policiais não informaram de quem teria partido a determinação, mas quem tentar passar pela barreira, será detido pelos policiais que monitoram os sem-teto, desde a noite de sábado”, diz Jocivan.


Sem luz elétrica, água tratada ou qualquer tipo de infraestrutura, os sem-teto dizem que estão sendo pressionados pelos policiais militares. “Esse tipo de operação não tem sentido. A Polícia Militar está cerceando o direito de ir e vir, dos posseiros, numa verdadeiro desrespeito aos direitos individuais dos cidadãos”, enfatiza Jocivan Santos.


Impedidos de saírem da invasão, os sem-teto estão consumindo água contaminada, de um igarapé poluído pelo esgoto das residências dos conjuntos construídos nas proximidades da estada de Porto Acre.



O representante do CDDH destaca ainda, que o Estado estaria usando força policial, para constranger os sem-teto. “A PM aproveitou o fim de semana, e as escondidas bloqueou o ramal, impedindo que os posseiros que estavam fora da área ocupada voltassem aos seus barracos com alimentos para suas famílas”.


Para Jocivan Santos, a ação policial, não é típica de regimes democráticos, quando mantém uma barreira policial permanente no local, impedindo a entrada e a saída das famílias na localidade. Posseiros que foram impedidos de voltar à ocupação permanecem sentados às margens do ramal.


“A ação policialesca é uma total afronta ao direito constitucional de ir e vir. E lamentável que assessores do Governo do Acre e da Prefeitura de Rio Branco, venham tratando as famílias sem-teto, como bando de baderneiros e desocupados”, protesta Jocivan.


Revoltados, os sem-teto dizem que os representantes do governo afirmam que ninguém na ocupação precisa de moradia. Os policiais que participam da operação no ramal Novo Cruzeiro, não quiseram dar declarações, sobre de quem seria a ordem para bloquear o acesso dos sem-teto ao terreno em litígio.


 


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido