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Paciente denuncia falta de medico no PS, mas direção nega

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Luciano Tavares, da redação de ac24horas
lucianotavares@ac24horas.com


Depois de esperar 15 dias em cima de uma maca, em um leito no Pronto Socorro de Rio Branco, para ser cirurgiado no joelho, o paciente Júlio César Oliveira teve que voltar para casa, no bairro Cidade Nova, sem receber a intervenção cirúrgica por falta de médico.

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O caso é apenas mais um entre os vários pacientes que esperam por cirurgia, mas não são atendidos por falta de médico, denuncia o irmão de Júlio Cesar, o pastor Pedro Oliveira, do Ministério Restaurai.


Enquanto esteve como acompanhante de seu irmão no Pronto Socorro, unidade também conhecida como Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (HUERB), que rebebeu no ano passado novos leitos, Oliveira conheceu de fato como funciona a saúde do Acre.


“Durante os dias que eu passei lá observei gente esperando há 30 dias para receber uma simples cirurgia no braço, na perna e não recebeu por falta de médico. O meu irmão passou 15 dias e mandaram ele para casa por falta de médico”, diz o pastor.


O pastor fez fotografias do interior do hospital. Em uma das fotos um paciente está numa maca em um dos corredores da unidade. Na outra imagem aparece o irmão do denunciante deitado na maca com perna ferida. Depois de duas semanas internado, ele teve que voltar para casa por falta de médico.


Estado já responde ações do MPE por descaso no Pronto Socorro


São várias as denúncias protocoladas na promotoria de saúde do MPE contra o estado por problemas no serviço disponibilizado pelo Hospital de Urgência e Emergência do Estado.


Ações do MPE envolvendo a saúde pública são divulgadas quase que quinzenalmente no Diário Oficial do Estado.


Em março deste ano o senhor José Mariano Gurgel, denunciou que desde o ano passado buscava uma cirurgia na unidade e não conseguia. O fato foi denunciado por sua filha Eliane Gurgel ao Promotor Gláucio Ney Shiroma.


No mesmo mês, outro caso relacionado diretamente ao serviço médico foi denunciado por um servidor do hospital via e-mail à Promotoria.


Na ação descrita como “Apuração de eventual Negligência Médica”, Gláucio Ney Shiroma solicitou informações sobre o ocorrido, especificando quais as partes envolvidas, o prontuário médico existente, bem como quais foram às providências tomadas referentes ao caso.


Em janeiro mais denúncia contra o hospital. Dessa vez o MPE, baseado em denúncia, pedia informações sobre a dificuldade de realizar cirurgias na unidade. Na ação, Ney Oshiro exigia informações junto ao HUERB e ao setor administrativo do TFD/SESACRE acerca da situação do paciente José Nilton da Silva Dantas, para que de acordo com os resultados do apurado fossem tomadas providências judiciais quanto ao caso.


No dia 09 de março, Dieny Veríssimo da Silva procurou atendimento médico no hospital, por volta das 23h, mas não foi atendida. O mais estranho é que apesar de na unidade naquele dia os médicos plantonistas estarem de serviço, a paciente foi encaminhada sem explicação a um hospital particular. O caso também foi denunciado ao MPE, que solicitou explicações da gerencia da unidade.


As ações vão do procedimento preparatório à instauração de inquérito civil, mas até a representação ministerial parece impotente diante dos problemas da saúde pública, tanto que mesmo após várias ações, situações como a falta de médicos, como a que é denunciada na reportagem se repetem.

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Direção nega falta de médicos


A direção do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) informou que não há falta de médicos ortopedistas na unidade.


De acordo com informações da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Saúde do Estado, hoje o Huerb dispõe de 16 médicos ortopedistas no total, 3 fazem plantões diariamente. Esses profissionais fazem uma média de 280 cirurgias ortopédicas por mês. O que acontece é que a demanda está muito grande, inclusive pelos acidentes ocorridos nos finais de semana. No Huerb são operados os pacientes de urgência e emergência e os casos eletivos (que não são de urgência ou emergência) são encaminhados para o Hospital das Clínicas, diz o comunicado da assessoria.


 


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