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“Os menores infratores do Acre estão sendo premiados pelos crimes cometidos, diz sindicalista

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Sindicato denuncia ainda, desprezo e falta de respeito do Governo do Acre com agentes socioeducadores


 Ray Melo,


da redação de ac24horas
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Os diretores do Sindicato dos Técnicos e Agentes em Ações Sócioeducativas (Sintase) e os profissionais que atuam nos centros socioeduvativos estão revoltados com os sérios problemas dentro das unidades no Acre.


Revoltados, os servidores públicos resolveram abria a boca e denunciar que trabalham em condições incompatíveis as estabelecidas pelo  Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo(SINASE), que em janeiro deste ano ganhou forma de lei.


Os servidores públicos denunciam ainda, supostos favorecimento aos menores infratores, que depois de terem cometido crimes como assassinatos, estariam sendo premiados pelos administradores dos centros socioeducativos pelo bom comportamento nas unidades.


Segundo a direção do Sintase, os gestores do ISE estariam oferecendo aos menores que praticaram assassinatos e latrocínios, passeios em parques, sessões de cinema 3D no Via Verde Shopping e partidas de futebol no Estádio Arena da Floresta.


Os sindicalistas consideram as práticas de resocialização do Instituto Socioeducativo (ISE), como “um prêmio aos menores que cometem crimes graves contra a sociedade acriana”. Os socioeducadores reclamam ainda, da falta apoio do Governo do Acre, a categoria.


“Os menores infratores do Acre estão sendo premiados pelos crimes cometidos. Enquanto a categoria busca melhorias de trabalho e estruturais, o Estado investe em práticas de entretenimento a perigosos delinquentes”, diz Betho Calixto.


Deficiências dos agentes socioeducadores


Os socioeducadores reivindicam melhores condições de trabalho e mais respeito por parte do Governo do Acre e dos gestores do sistema. O presidente do Sintase, Betho Calixto diz que no início do ano teria relatado as carências da categoria.


“A cartilha elaborada pelo sindicato do Instituto Socioeducativo do Acre relatava todas as deficiências estruturais nas unidades de internação, falta de policiamento fora da unidade e nas guaritas externas; porte de arma; fardamento da categoria e identificação formal dos agentes”, diz Betho Calixto.


Segundo o sindicalista, a categoria não dispõe de um documento hábil de acordo com as regras de identificação funcional. Calixto reivindica ainda, adicional de titulação para todos os cursos e pagamentos dos cargos de chefia de todos os profissionais que atuam na frente dos plantões das unidades.


O sindicalista afirma que existem servidores exercendo estas funções gratuitamente sem nenhuma gratificação sobre o salário.


“Faltam ainda, cursos táticos e de defesa pessoal para os agentes, reestruturação de todos os veículos que conduzem adolescentes, inclusive o baixo contingente de profissionais que acompanham os menores dentro dos dormitórios é insuficiente e desproporcional”.

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De acordo com informações do Sintase, a categoria conta com um efetivo de 229 socioeducadores, que cuidando de 500 adolescentes em todo o Estado. O sistema teria apenas duas psicólogas efetivas e sete assistentes sociais efetivas para todas as unidades do Estado.


“O Governo não pode esconder a triste realidade que se encontra o sistema socioeducativo, por mais que sejamos servidores públicos, merecemos respeito, dignidade no trabalho e tratamento igualitário com outras categorias do sistema de segurança”, enfatiza Calixto.


 Descaso da administração pública


O presidente do Sintase, Betho Calixto afirma que o presidente do ISE, Henrique Corinto, “vem criando informações inverídicas que não se concretizaram para a categoria. Muitos dos profissionais taxam as falas do gestor, como ilusórias e descabidas”.


Para o sindicalista, parte das promessas de Henrique Corinto ainda não foi colocada à disposição da categoria. “Não queremos nada demais, só buscamos a lisura dos procedimentos e dos benefícios os quais devem ser estendidos a todos os profissionais”.


Betho Calixto diz que a categoria cansou de ser tratada de maneira desrespeitosa pelos gestores do Governo do Acre. “Se não tem dinheiro em caixa para nos oferecer melhores condições de trabalho, nos devolvam ao IAPEN, é a única alternativa que existe no momento, tanto para o ISE, quanto para a categoria”.


O outro lado


No início da tarde desta segunda-feira, 30, a reportagem falou ao telefone com o presidente do ISE, Henrique Corinto, que informou que não poderia atender a equipe de ac24horas, pois estaria em uma audiência com uma juíza.


O gestor se colocou a disposição para responder aos questionamentos e denúncias do Sintase, em outro momento.


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