As terras declaradas pelo candidato a prefeitura de Rio Branco pelo PSDB, Tião Bocalom, a Justiça Eleitoral tem outros proprietários. É o que diz a reportagem do Jornal Página 20 deste domingo, 29. De acordo com a publicação, documentos obtidos com exclusividade revela que que a declaração de bens feita pelo tucano é falsa.
Com patrimônio pessoal avaliado em R$ 1,149 milhão, valor 115% superior ao registrado há dois anos, quando dizia ter bens avaliados em R$ 534 mil, o tucano incluiu na declaração patrimonial enviada este ano ao Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE) dois terrenos que na verdade não pertencem a ele.
Segundo a reportagem, o lote de terra número 265, localizado no Projeto de Assentamento Pedro Peixoto e denominado Colônia Boa União, apesar de constar na declaração de bens do candidato, pertence na verdade ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A área está registrada em cartório no município de Senador Guiomard, no livro 02, sob a matrícula de número 2888, folha 01. Consta no documento que o lote fora adquirido pelos agricultores Elias Borges da Rocha e Maria Domingas Simão da Rocha e alienado pelo Incra em forma de quitação de parcela restante. Demonstrativos de débito emitidos pelo órgão revelam que a dívida acumulada somava, em 2004, R$ 41.551,11, o que, segundo as cláusulas contratuais, impediria sua venda a terceiros.
Já o lote 264 está em nome do produtor rural Ailton Gomes da Silva, que acumula dívida de R$ 4.406,26 com o Instituto. Juntos, os lotes 264 e 265 somam 154 hectares e foram declarados pelo tucano no valor de R$ 400 mil.
Tião Bocalom pode ser acusado de grilagem em terras destinadas à reforma agrária e falsa declaração patrimonial à Justiça Eleitoral.
Da redação ac24horas
Com informações do Página 20