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Mãe enterra filho recém-nascido em cemitério clandestino

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Policiais do Comando de Operações Especiais (COE), da Polícia Militar, receberam denúncia que uma criança tinha morrido e sido enterrada num cemitério clandestino localizado no outro lado do Rio Môa, sem os procedimentos legais.


A guarnição comandada pelo tenente PM Éber Herculano se deslocou até a residência da mãe acusada, Ivanilda Ferreira de Oliveira, 29, no bairro do Cruzeirinho, próximo ao posto de saúde e depois de averiguar a situação se constatou que a denúncia procedia.


Segundo Ivanilda seu filho nasceu sem problemas e depois de alguns dias foi levado ao posto de saúde para fazer o exame do pezinho e retornou para casa. No outro dia ela levou novamente a criança ao posto de saúde, mas não foi atendida porque os funcionários alegaram que estavam saindo.

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“O doutor ainda estava lá e não me atendeu. Voltei com meu filho para casa e de tarde, depois de dar a comida dele, por voltas das 14:00 horas, ele começou a ficar roxo e em seguida faleceu”, disse com tranqüilidade a mãe que alegou que não tinha condições de fazer o sepultamente e pediu para um vizinho enterrar o corpo”, disse.


O policial afirmou que as primeiras informações dadas pela mãe é que ela teria dado a criança para uma pessoa conhecida como Maria, que reside no Rio Paraná dos Mouras. Depois de alguns minutos de conversa ela mudou a versão e disse que a criança teria começado a ficar roxa e morrido, por volta das 16:00 horas.


“A mãe disse que ficou com a criança durante a noite e no outro dia, com a ajuda de sua irmã e de um vizinho, levou o corpo para o outro lado do Rio Môa e fizeram o sepultamento. A irmã, que estava na Caixa Econômica Federal (CAIXA), foi escoltada e ao chegar contou outra versão, afirmando que teria chegado por volta das 23:00 horas e tudo estava tranquilo. Depois de minutos sua irmã a chamou dizendo que a criança estava passando mal. Retrucamos porque elas não acionaram o 190 para buscar socorro, mas elas não souberam explicar e afirmaram que no outro dia fizeram o sepultamento”, disse.


O tenente afirmou que diante das contradições o caso foi encaminhado a Delegacia Geral de Polícia porque a pessoa que ajudou a fazer o sepultamento afirmou que a criança aparentava hematomas nas costas.


“A mãe contou um estória, a irmã outra e a pessoa que levou a criança até o cemitério disse que ela aparentava hematomas. Então, encaminhamos todos à delegacia”, ressaltou


Jonas Oliveira da Silva, 19, o vizinho que ajudou a enterrar a criança afirmou que no cemitério localizado no seringal Florianópolis devem estar sepultadas duas ou três crianças.


“Ela pediu ajuda e eu ajudei ela. Eu já sabia que tinha o cemitério que deve ter umas duas ou três  crianças enterradas lá. As costas da criança estavam roxas, mas ela não falou nada”, disse.


www.vozdonorte.com.br   – Elson Costa – Fotos Neto Costa


 


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