Os professores de universidades federais de Acre, São Paulo e Piauí foram os primeiros a rejeitar a proposta de reajuste salarial e de plano de carreira apresentada pelo governo federal na última sexta-feira (13). Em assembleias realizadas entre ontem (16) e hoje (17), os docentes decidiram manter a greve, que dura 61 dias e tem participação de 58 das 59 instituições de ensino superior.
Segundo o comando de greve a proposta não atende às exigências de reajuste salarial reivindicadas pela categoria e não é eficiente para reestruturar o plano de carreira dos professores.
Assembleias para avaliar a proposta estão acontecendo em todos os estados, isso porque na segunda (23) representantes dos professores se reunirão novamente com o Ministério do Planejamento para continuar as negociações.
A primeira proposta apresentada pelo governo federal não atendeu às reivindicações dos professores, de acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Entre as principais críticas estão o baixo reajuste salarial proposto e a falta de estruturação do plano de carreira.
Seguindo a proposta, todos os docentes teriam reajustes nos próximos três anos, que poderiam chegar a até 45%. Os salários dos doutores com dedicação exclusiva passariam de R$ 7,3 mil para R$ 10 mil. E a remuneração dos professores titulares com dedicação exclusiva iria de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil.
Um comunicado lançado hoje pelo sindicato ressalta que “os valores apresentados pelo governo, a serem alcançados somente em 2015, significam rebaixamento do valor real da remuneração dos professores”.
Da redação, com informações do Correio do Brasil