A presença do secretário geral e candidato do PSDB à prefeitura de Rio Branco, Tião Bocalom e a leitura de requerimentos para formação de novos blocos partidários na Aleac provocaram um acirrado bate-boca de deputados, nesta terça-feira, 10, no Poder Legislativo.
O presidente da Casa, deputado Elson Santiago (PP) indeferiu o requerimento para formação do bloco entre PSDB/PP – alegando que o documento não teria as assinaturas dos presidentes dos partidos e dos quatros parlamentares das duas legendas.
Rocha retrucou o indeferimento com base no estatuto dos partidos e no regimento interno da Aleac. Santiago contra-atacou: “o senhor tem que se preocupar com seu partido. Com o PP, nós nos preocupamos. Consulte nosso regimento interno”.
Moisés Diniz (PCdoB) pediu questão de ordem e aplaudiu a defesa do regimento interno pelo presidente. O comunista protestou ainda, pela presença do candidato tucano, Tião Bocalom, que de acordo com ele teria sido recebido na sala das comissões da Casa.
“Cabe ao líder do PSDB recorrer da decisão com base no regimento interno. Acabei de ver um candidato a prefeito vir à Assembleia discutir uma questão de bloco. Isso é muito grave”, disparou o líder do governador Sebastião Viana.
O deputado Luis Tchê (PDT) também pediu questão de ordem para esclarecer a questão da formação de blocos. “Para formação de um bloco acontece com a discussão partidária. Os deputados dos dois partidos têm que sentar e resolver a questão”, enfatiza.
Continuando a discussão, Rocha disse que “a vinda do secretário geral se deu em razão da entrega do requerimento. Ele foi designado pelo partido para vir trazer o documento da formação do novo bloco – exercendo suas funções como dirigente partidário”.
A oposicionista Antonia Sales (PMDB) se dirigiu ao governista Moisés Diniz, para lembrar que qualquer pessoa pode frequentar a sede do poder legislativo. “Esta é a casa do povo, e o secretário geral de um partido também faz parte do povo”.
A deputada Marileide Serafim (PSD) também defendeu a presença de Bocalom na Aleac e protestou contra o veto do presidente da Casa, para formação do bloco PSDB/PP. “O senhor [Moisés Diniz] quer que eu me ajoelhe para pedir perdão por ter recibo e cumprimentado o candidato Bocalom?” questionou.
Com o uso da palavra, Elson Santiago enfatizou que a Aleac é a Casa do Povo, mas tem suas restrições. “Não temos nada contra qualquer pessoa vir à Casa do Povo. Agora, entrar para as salas das comissões tem que ser pessoas selecionadas”.
Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com
