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Pai denuncia espancamento, ameaça e prisão de filho menor no Ramal Vietnã

Por
Roberto Gaz


Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com


“Sei que meu filho estava errado por estar dirigindo uma moto sem habilitação, mas isso não é motivo para a surra que ele levou de dois policiais militares”, disse Auricelio Silva de Lima, 44, ao denunciar o suposto espancamento, ameaça e prisão de seu filho, no Ramal Vietnã, por uma equipe da PM que faz o patrulhamento na Vila Acre.


“O PM que estava no comando ameaçou meu filho que se ele falasse que tinha apanhado dos policiais, aconteceria coisa pior. Um segundo policial disse: eu deveria testar esta arma e dar um tiro na tua cara. Este comportamento é recorrente em nossa comunidade e precisa ser revisto pelas autoridades”, diz Auricelio Silva, 44, pai do menor.


Segundo Auricelio Silva, seu filho D.S.L., 17, teria saído de sua casa no Ramal Benfica, para buscar macaxeira para preparar o lanche do pequeno comércio que mantém em sua propriedade, no sábado, 07, quando foi abordado por uma patrulha da PM. “Testemunhas afirmam que os policiais, já desceram chutando a moto”, diz Auricelio.


“Eles derrubaram a moto e mandaram meu filho deitar no chão e o chutaram nas costelas, na barriga e no rosto. Só soube do que estava acontecendo porque meu vizinho passava no local e veio me avisar. Ao chegar ao local, com meus documentos e o documento da moto, meu filho estava algemado dentro da viatura”, enfatiza o pai revoltado.


De acordo com o pai de D.S.L., ele estaria irreconhecível, com muitas marcas no rosto e no tórax. “Eles alegam desacato, mas o passageiro que andava com meu filho é testemunha de que em nenhum momento ele reagiu contra os policiais. Temos outras pessoas que podem falar do comportamento violento destes policiais”, destaca Auricelio Lima.


Não seria a primeira vez que os militares estariam agindo de forma violenta na localidade, informa Lima, que pretende levar a questão ao comando da PM. O jovem foi conduzido a Delegacia do Menor, onde teria permanecido aproximadamente quatro horas, e teria sofrido novas ameaças para não denunciar a truculência policial, segundo o pai.


Auricelio Lima registrou boletim de ocorrência no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (NUCRIA). Procurado pela reportagem, o subcomandante da Polícia Militar, Paulo Cesar informou que a corregedoria da instituição poderia informar melhor sobre a questão. O militar perguntou ainda, sobre a data da ocorrência.


Ao ser informado que a ocorrência foi registrada no fim de semana, Paulo Cesar destacou que o fato ainda não teria chegado ao conhecimento do corregedor, já que precisa obedecer aos tramites burocráticos. O subcomandante solicitou que a corregedor, Coronel Machado fosse procurado a partir de terça-feira, 10, para esclarecer o assunto.


 


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