Somam quinze dias o período em que a fábrica de gelo da Colônia de Pescadores de Cruzeiro do Sul está interditada. A medida foi determinada pela Vigilância Sanitária Estadual e está causando prejuízo aos pescadores. “Se eu quisesse viajar hoje não tinha gelo para levar. Pescamos aqui por perto e mesmo assim, precisamos enfrentar uma fila de 50 homens para comprar dois vasos de gelo na fábrica particular”, disse o pescador Antônio Raimundo Nonato Amaral.
Sem ter como armazenar o peixe adequadamente também fica difícil comercializar porque o produto perde a qualidade. A passagem de cardumes pelo rio Juruá facilita a captura de várias espécies de peixe, porém, os pescadores são obrigados a vender por preço bem abaixo do que vinha sendo praticado. “Estamos perdendo dinheiro, eu acho que isso é culpa da direção da colônia, porque todos os meses a gente paga e era para estar mais adequado”, avalia o pescador.
Um barco vindo do município de Itamarati (AM) aportou em Cruzeiro do Sul na ontem (3), com 5 toneladas de tambaqui. “Estragar eu não posso, gostaria que esse problema fosse resolvido. Cheguei aqui e fui surpreendido, nunca imaginava que isso estivesse acontecendo”, disse José Lima de Oliveira, proprietário do barco.
O presidente afastado da colônia, Elenildo de Souza, acredita que a interdição teve motivação política, já que, em todo estado as colônias foram apenas notificadas e apenas a de Cruzeiro do Sul foi interditada. “Assinei um convênio no valor de R$ 50 mil e eu expliquei sobre o problema com a vigilância sanitária, eles disseram que se encarregavam de conversar com a vigilância. E agora, para nossa surpresa foi interditada”, explica Souza.
Da redação ac24horas
Com informações de Juruá Online
