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Com 32 pontos de desmoronamentos, obras da BR-364 “derretem” entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul e colocam em risco a vida de quem trafega pela rodovia

Por
Roberto Vaz


Luciano Tavares, da redação de ac24horas
lucianotavares@ac24horas.com


Viajar pela BR-364, trecho entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul é desafiar perigos com a incerteza se irá chegar ao destino desejado.


Oito meses depois de ter seu pavimento provisório entre Manuel Urbano e Feijó inaugurado pelo governo do Acre, a rodovia apresenta sérios problemas em sua estrutura.


Ao longo dos 640 quilômetros que ligam as duas maiores cidades do Acre existem pelo menos 32 pontos de deslizamentos na rodovia. Sem falar na falta de fiscalização permanente da Polícia Rodoviária Federal, animais na pista e a grande quantidade de buracos.


Há trechos em que os desmoronamentos tomam a metade da estrada, e casos como o do empresário Pepe Dourado que tombou durante a manhã do último sábado seu caminhão num desses buracos, entre Manuel Urbano e Sena Madureira são cada vez mais frequentes.  Nos 84 quilômetros que separam as duas cidades há 15 deslizamentos.  Alguns com menos de 500 metros de distancia do outro, como o que fica nas proximidades do quilômetro 28 saindo de Manuel Urbano para Sena Madureira.


No pavimento provisório inaugurado pelo governo do estado no final do mês de outubro do ano passado há uma sequência de nove quilômetros nas proximidades da ponte do Rio Jurupari, de trecho esburacado. Esse é o trecho considerado de maior desafio para a engenharia, segundo o governo.



Até na curta ligação terrestre de 45 quilômetros entre Feijó e Tarauacá a quantidade de deslizamentos e buracos é grande.


Já nos 240 quilômetros entre Tarauacá e Cruzeiro do Sul, além dos pequenos desmoronamentos, dois ameaçam apartar a estrada: um a sete quilômetros da cidade de Tarauacá, após o presídio do município, e outro no km-147, próximo ao Rio Gregório.


O trecho mais conservado fica entre o Rio Liberdade e o município de Cruzeiro do Sul. Ao longo de 70 quilômetros passando pela comunidade Lagoinha e por terras dos indígenas katukinas.


Além dos desmoronamentos a quantidade de animais na pista é outro perigo iminente e que pode fazer vítimas pela rodovia, o que poderia em parte ser evitado se ao longo da estrada entre Sena e Cruzeiro do Sul existisse fiscalização permanente da Polícia Rodoviária Federal.



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