A Kampa é uma das empresas acusadas de participar do conhecido “Escândalo da UTI no AR”, que desviou mais de R$ 1 milhão na gestão do ex-governador Binho Maques. A investigação se arrasta na promotoria do patrimônio público que tem à frente a Dra. Waldirene Cordeiro, que vem a ser a esposa do secretário Mâncio Lima Cordeiro, um dos mais importantes da equipe de Sebastião. Há um ano, ela garantiu abrir processo criminal contra os envolvidos, entre eles, o ex-superintendente da Fundhacre, Sérgio Roberto e o ex-governador Binho Marques.
O contrato assinado no valor de R$ 100 mil no dia 16 de maio e o contrato assinado no dia 19 de abril tem como objetivo os serviços de agência de viagens especializada em emissão de passagens aéreas e terrestres, incluindo reservas, marcação, remarcação de bilhetes em trechos nacionais e internacionais.
Em junho de 2011, a promotora em entrevista exclusiva ao ac24horas garantiu que o assunto era ordem do dia. A promotora disse que desmembrou as denúncias “que não são poucas”, em três processos. Cada volume contém 250 páginas. A PGE não realizou investigação na Fundação Hospitalar e no Hospital do Câncer alegando que a instituição tem Gestão própria. Com isso o Ministério Público precisou solicitar a auditagem dos processos. As denúncias vão desde o favorecimento de clinicas de Oftalmologia até questões administrativas.
Já a vasta documentação que aponta fortes indícios do desvio de mais de um milhão de reais de processos da UTI no Ar, ocorridos na Secretaria de Saúde do Estado, com a participação de funcionários e de empresas de agências de viagens, a promotora solicitou uma perícia da Policia Federal que abriu o inquérito 025/2011. Um dos principais envolvidos no escândalo, o senhor Alex Barros já foi interrogado. Ainda segundo a doutora Waldirene, o desencontro nas informações dos valores supostamente desviados, levaram-na solicitar perícias das documentações. Ela não descarta que mais recursos tenham sido desviados.
As medidas por improbidades administrativas, depois de confirmadas as denúncias, devem atingir o ex-governador Binho Marques [PT], o ex-superintendente da extinta Fundação Hospitalar do Acre [Fundhacre], funcionário público Sérgio Roberto e o ex-secretário de saúde, Osvaldo Leal. Este último é atual secretário de saúde na gestão do prefeito Raimundo Angelim.
As denúncias de desvio da UTI no ar tomaram corpo a partir das declarações feitas com exclusividade no ac24horas, pelo ex-superintendente da Fundhacre, Sérgio Roberto. No dia 22 de março do ano passado ele resolveu quebrar o silêncio e pela primeira vez falou publicamente sobre o “escândalo”. Segundo o que a reportagem apurou, o caso foi descoberto no dia 13 de dezembro de 2010, após o período eleitoral. Lucimara Barbim, ex-diretora da SESACRE, foi quem avisou a Sérgio Roberto, que o número de UTI no ar estava bastante elevado. Alex Barros, um dos envolvidos Alex Barros ingeriu veneno de rato tão logo as denuncias vieram a público.
Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
jscarioca@globo.coom
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