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Acre tem terceiro maior índice de mortalidade infantil entre povos indígenas

Um relatório, entitulado Violência Contra Os Povos Indígenas no Brasil, que foi divulgado nesta terça-feira (13) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), mostrou que a situação de crianças indígenas é preocupante no Brasil. No ano passado, 126 delas morreram devido à falta de assistência médica. O número é maior do que foi registrado no ano anterior, quando foram registradas 92 mortes.


O Mato Grosso é o estado onde mais crianças indígenas morreram, registrando um total de 92 mortes. Em seguida aparecem os estados do Amazonas, com 11 casos, do Acre (10), Amapá (7), de Roraima e do Tocantins (ambos com 3), do Rio Grande do Sul (2) e de Rondônia (1).


O levantamento não incluiu a morte de treze crianças indígenas, menores de dois anos, em Santa Rosa do Purus, no início deste ano, que foram à óbito com suspeita de rotavírus.


Segundo o Cimi, as mortes ocorreram em função de doenças e problemas que poderiam ser evitadas ou tratadas. “Cento e vinte e seis crianças morreram por mera negligência [das autoridades públicas] e falta de assistência, de causas que poderiam ser facilmente tratadas. Não podemos fechar os olhos e cruzar os braços diante da agressão, da omissão e da negligência que tem levado à morte as criancinhas indígenas do nosso país”, disse o presidente do Cimi e bispo da Prelazia do Xingu (PA), dom Erwin Kräutler.


Segundo o relatório os próprios índios ouvidos durante a realização do levantamento, a precária situação a que estão submetidos se agravou com o processo de transição da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).


Segundo o Cimi, ao serem internadas, todas apresentavam quadro de desnutrição e morreram de diarreia e pneumonia.


Da redação Ac24horas
Com informações de UOL


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