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Pela primeira vez, uma mulher disputa o voto dos militares na corrida à Câmara de Rio Branco

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Roberto Vaz

Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com


As eleições municipais se avizinham e, com as definições das chapas de vereadores pelos diversos partidos que disputam as cadeiras de vereadores nas 22 cidades do Acre, algumas surpresas e novidades começam surgir, principalmente na cidade de Rio Branco.


Dentro da Polícia Militar, instituição que vem demonstrando organização, elegendo representantes com frequência, pela primeira vez, uma mulher disputa o voto dos militares na corrida à Câmara de Rio Branco. O fato inusitado é que a militar concorre pelo PCdoB.


Um partido historicamente avesso aos militares abrigará a candidatura da Primeiro Sargento Rosa Maria, uma policial com 23 anos de carreira, que resolveu enfrentar o lado masculino da corporação numa disputa voto a voto pela preferência dos militares da capital.


Com o slogan “renovar é preciso”, a militar/comunista, que terá uma flor como símbolo de sua campanha, enfrentará dois candidatos oficializados e ainda, podendo ampliar a lista para um quarto postulante que figurou até como pré-candidato a vice, na chapa do PMDB.


O desafio será bater o vereador Sargento Vieira (PPS), que disputará reeleição e Subtenente Veríssimo, estreante em disputas eleitorais. O quarto candidato que sairia de dentro da Polícia Militar, seria o Coronel Juvenal, que está sendo assediado pelo PSDC.


Rosa Maria de Lima, com 43 anos, mãe solteira e, integrante de uma família muito tradicional do Bairro Bosque, filha do Mestre Chagas e de Dona Alaíde Roque, ambos já falecidos e conhecidos pela luta em prol da autonomia do território do Acre.


A decisão da policial feminino deixou os homens da corporação com as “orelhas em pé”. Por lei, os militares podem se filiar em partidos políticos até o dia da convenção. De acordo com os rumores, Rosa, já foi sondada e deverá sair candidata pelo PCdoB.


O atrativo para concorrer nas fileiras comunistas seriam as reais chances de eleição, já que o PCdoB sairá sozinho, sem o casamento interno com o PT na proporcional para vereador, coligando apenas na chapa majoritária, onde ocupa a vaga de vice.


Entre os espinhos da caminhada política, Rosa Maria acredita que poderá quebrar o tabu na Polícia Militar e conquistar uma cadeira na Câmara de Rio Branco. Caso venha a se eleger, Rosa será a primeira militar a representar um partido comunista num poder constituído do Acre.


 


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