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Fumaça que cobriu o Acre nos últimos seis anos foi produzida no estado

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A densa cortina de fumaça que cobriu o Acre em 2005, quando o estado ficou em chamas, não foi resultado de queimadas feitas na Bolívia, como informou o governo. Um estudo inédito, feito pelo INPE, a pedido do Ministério Público Estadual, mostrou que nesse ano, quando a situação fugiu ao controle, quem mais contribuiu para o problema foi o Acre. “Nesse ano, a maior contribuição foi do Acre e decorreu das queimadas registradas no próprio estado”, disse o pesquisador Saulo Ribeiro de Freitas, ao afirmar ainda que, Rondônia e Pará contribuíram com 30%.


Em 2008, o Acre continuou liderando a lista das fontes emissoras de fumaça, seguido da Bolívia. Já em 2009, quando os Ministérios Públicos Federal e Estadual iniciaram uma discussão sobre a proibição progressiva da autorização de queimadas, o Acre deixou de ser o grande responsável, sendo que o Amazonas é quem aparece em primeiro lugar. Em terceiro, a Bolívia. Esse foi o cenário que verificou-se também no ano seguinte.


“A fumaça permanece num local por cerca de dez dias e as consequências são sentidas por todos os seres vivos que sofrem com a degradação do ar. No Acre, os meses de maior índice de poluição são agosto, setembro e outubro”, informou.

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O levantamento mostrou ainda que Plácido de Castro é a cidade que apresenta o maior índice de poluição. Em 2010, Rio Branco apresentou 70 microgramas e foi considerada a cidade acreana mais poluída. Entre os efeitos, destacam-se a redução, em média, de um quinto da luz solar que incide sobre o solo, potencial para esfriar a superfície em até 2º Celsius e diminuir de 15% a 30% as chuvas.


A pesquisa foi realizada entre os anos de 2005 e 2010 nos municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Tarauacá e Plácido de Castro, onde nesse período foram registrados os maiores índices de queimadas. Também foram consideradas as informações colhidas em outras cidades com menor incidência. A metodologia empregada foi baseada no uso de dados observados, imagens de satélite e modelos matemáticos, e é semelhante aos métodos científicos utilizados pelo CPTEC (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos) nas previsões meteorológicas.


Da redação ac24horas
Com informações do MPE


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