Escolha de chapa majoritária da Frente Popular provoca racha no PT de Acrelândia

Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com

A proximidade das definições dos prefeituráveis esquentou de vez o clima entre os petistas de Acrelândia, provocando um racha interno no Partido dos Trabalhadores. A indicação do vereador Gerson Mota (PT), como o vice na chapa encabeçada pelo PSDC é o pivô discórdia e dividiu a legenda, causando a revoada de militantes.

Até mesmo os fundadores do PT, no município estão descontentes com a suposta imposição do nome de Gerson Mota. O racha interno veio à tona após o grupo favorável ao pré-candidato Eudalino Nogueira (PSDC) afirmar que um pequeno grupo de petistas estaria descumprindo um acordo costurado pelo próprio governador Sebastião Viana.

A confirmação do vereador petista, como vice de Nogueira, na disputa da prefeitura de Acrelândia, não foi bem recebida no campo político/partidário do município. Segundo membros da executiva municipal do PT, a indicação teria sido chancelada pelo diretório estadual do partido, e Gerson Mota, não seria o nome de consenso.

 Os descontentes petistas contam com o apoio dos demais partidos da FPA, que foram preteridos das negociações da composição da chapa majoritária. Os líderes partidários da coligação prometem abandonar a candidatura governista. A orientação seria para a militância não pedir  votos a chapa governista, caso o nome de Mota seja mantido.

Segundo os próprios petistas de Acrelândia, Gerson Mota, não tem preparo sequer para ser vereador e sua indicação seria para agraciar um pequeno grupo, que vive dos cargos concedidos pela administração municipal. Sem esconder os motivos da divisão dentro do PT, membros da executiva municipal dizem que Mota garantirá “a boquinha” dos companheiros.

Cinco nomes teriam sido apresentados pelo PT, mas o indicado da preferência da maioria da militância e dos líderes partidários, Josicley Azevedo, não constava na lista. O acordo da composição da chapa teria sido costurado pelo governador Sebastião Viana (PT). A proposta seria apresentar um candidato de consenso, fato que não aconteceu.

O critério apresentado para a exclusão do escolhido pelos partidos que formam a FPA, em Acrelândia seria que não é o momento de Josicley Azevedo participar de uma disputa eleitoral. O presidente do PT alegou ainda, que o nome de preferência das lideranças políticas do município, não teria o envolvimento necessário com o partido.

Os militantes petistas mandaram um duro recado ao presidente do PT de Acrelândia, Antônio Cordovil. “Ele pensa que é dono do partido e deve ser feita a sua vontade. Caso ele insista com essa indicação de Gerson Mota, haverá uma desfiliação em massa”. A militância diz ainda, que a democracia teria sido extirpada do partido.

O temor dos líderes partidários da FPA, no município, é que a rejeição do vereador Mota atrapalhe o desempenho de Eudalino Nogueira, que aparece na frente nas pesquisas de intenções de voto. A expectativa é que os debates sejam reabertos e o PT volte atrás na indicação que rachou não apenas as fileiras petistas, mas comprometeu a unidade da coligação que diz estar com a vitória praticamente nas mãos.