Era uma vez uma menina que se chamava Chapeuzinho Vermelho. Esse apelido devia-se ao fato de que ela, desde que nasceu, gostava de usar roupas que tivessem essa cor. Era uma forma de se identificar com várias ideologias divergentes, que iam de grandes pensadores às taras malucas ofertadas porASSASSINOS.
Certo dia, sua mãe, o povo brasileiro, pediu para que ela levasse uma cesta para sua avó, chamada de Brasil,que se encontrava muito doente. Na cesta havia doces, biscoitos, pãezinhos, frutas e outros projetos e promessas.
Era uma moléstiagrave que já demorava mais de quinhentos anos sem nunca ter sido combatida, tratada ou estudada. A mãe imaginou que poderia agora enfrentar de uma vez por todas essa chaga, dando à filha jovem, aparentemente pura, a chance de acabar com os males da vovó.
Ao entregar a cestinha, a mãe alertou: minha filha, por favor, tomemuito cuidado. Não converse com estranhos, não aceite a imoralidade, não aceite a corrupção, os escândalos, a desonestidade, a propina e o cinismo. Seja inteligente, não repita o que foi feito até hoje. Mantenha sua pureza. É a estrada mais longa, mas é a mais segura. Se você escolher a mais curta, correrá perigo. Há um lobo devorando todas as qualidades que fazem de você uma dócil, querida e agradável pessoa.
Para quem nunca tinha tido a chance de ter nas mãos aquela cesta,Chapeuzinho Vermelho deveria ter sido mais atenciosa. Porém foi justamente o contrário. Encantada com o caminho que trilhava pela primeira vez, se distraiu com borboletas, flores e outras vaidades que a estrada do poder oferecia. Imprudente, distanciou-se facilmente do caminho indicado pela mãe.
Quando percebeu que estava perdida, nem teve tempo de se arrepender: um grande lobo se apresentou a ela para lhe ajudar no caminho, dizendo que lhe levaria com tranquilidade à casa da vovó. Esquecida dos conselhos do povo que a elegeu para levar a cestinha, passou a dialogar com aquele estranho que era a causa de todos os males brasileiros.
A moça foi seduzida pelos poemas e poesias do lobo. Chapeuzinho passou a seguir alegremente o monstro até o destino pretendido. Ele ia na frente, destruindo os galhos, os troncos, e qualquer oposição que existisse. Para deixar o caminho o mais suave possível, essa fera, engenhosamente, usava de todos os meios para que nada pudesse impedir Chapeuzinho.
Chegou primeiro à casa da velhinha, devorou a vovó, vestiu a roupa dela e deitou-se na cama para esperar sua ingênua sobremesa.
Chegando momentos mais tardes, a jovem, que tinha manchado a sua capa pelo caminho preparado pelo lobo, bateu na porta:
– Vovó, sou eu, a senhora esta aí? Sou eu, Chapeuzinho Vermelho!
– Ah que bom que chegou minha netinha. Entre! Puxe o trinco, que a porta se abrirá.
Ao abrir a porta, a menina pode perceber que a avó estava muito doente mesmo. Falando com uma voz estranha, apesar de não parecer, entendeu a situação, afinal eram mais de quinhentos anos de doenças causadas por quem nunca quis a saúde da anciã.Ao vê-la em estado lastimoso e irreconhecível, teve pena. Não imaginava que ela estivesse tão fragilizada e incapaz de se levantar e abrir a porta. Deixando a cesta na cama, Chapeuzinho Vermelho disse:
– Mamãe preparou estas flores e estes docinhos. Depois de tanto erros de receitas, ela imaginou que esses são os mais corretos para a senhora. Pode parecer que não, mas desejamos que a senhora fique boa.
– Obrigada, minha netinha. Fico feliz em saber que vocês se preocupam comigo. Sempre fui deixada de lado, esquecida e respirando o ar dos porões abafados de quem me queria presa.
Ao ouvir aquela voz destoante e bizarra, Chapeuzinho não se conteve de curiosidade, e perguntou:
– Vovó, a senhora está tão diferente: por que esses olhos tão grandes?
– É para lhe olhar melhor, minha netinha. Conhecer suas falhas e poder agir de acordo com suas vontades mais escondidas. Sei o quanto que você lutou para fazer essa rota e ter essa cesta, mas eu sabia que quando estivesse nela, faria as mesmas coisas que os outros que já trilharam esse caminho. Você é igual a eles.
– Mas, vovó, por que esse nariz tão grande?
– É para lhe cheirar melhor, minha netinha. Você é quem melhor disfarça as intenções, é a mais cínica das moças de sua idade. Tem a cara de anjinho inocente, mas sua prática mostrará a serpente que é.
Fique tranquila! Com o tempo não precisarão de narizes muito grandes para sentir o seu odor. Por ter se perdido no caminho, desprezado as orientações de sua mãe, vocêexalará o que há de mais podre e fétido, afinal não está acostumada com o que vive pela primeira vez.
– Mas, vovó, por que essas mãos tão grandes? Acha que precisa delas?
– São para lhe acariciar melhor, minha netinha.Dominando a casa pública, sua sede de poder será enorme. Os diques de sua prepotência se abrirão. As cachoeiras de sua ambição não terão medidas. Somente mãos enormes poderão acalmar seu egoísmo e vaidade.
O lobo já dava sinais em sua face que não iria mais suportar aquele interrogatório. Passando a língua em seus grossos lábios, bateu com os dentes uma ou duas vezes e comeu tudo o que havia na cesta. Ainda sentindo fome, imaginou que não tardaria em atacar Chapeuzinho Vermelho.
– Mas, vovó, por que essa boca tão grande?
– Que bom que fez essa pergunta – Após uma gargalhada estarrecedora, o lobo disse: Quer mesmo saber? É para te comer!
Jogando para os ares os lençóis que lhe cobriam, a fera se apresentou em sua essência para a aparente frágil menina.
Dando os primeiros passos rumo a sua presa, o lobo caiu, batendo forte a cabeça sobre o assoalho. Após agonizar por alguns instantes, respirou pela última vez e morreu. A vovó, que estava dentro da barriga, também faleceu. Em um mesmo corpo que esfriava rapidamente, duas criaturas que nunca tinham se dado bem: lobo e vovó.
– Seu idiota, você é mesmo um estúpido. Enquanto você abria o caminho para minha passagem, colhi algumas ervas venenosas para matar a vovó. Depois que consegui ter nas mãos essa cesta, aprendi tudo o que existe na política.Não preciso mais de você. Também não quero concorrentes. Na FLORESTA, agora, mando eu.
Chapeuzinho sentou-se sobre a cama, passou a pilhar e recolher os pertences da vovó para si. Não deixaria nada lá. Queria tudo. Tinha realmente uma ganancia avassaladora. Queria ficar rica.
Esperando os caçadores que iriam matar o lobo, imaginou como poderia iludi-los.Não foi muito difícil. Oferecendo parte da mobília da casa, os caçadoresdeixaram-se corromper, perderam seus ideais e até se acharam ingênuos e tolos ao querer realizar o intento inicial.
Unidos por causa da cestinha, o plano agora era de que maneira poderiam matar a mamãe de Chapeuzinho Vermelho.
FIM
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