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Shigeaki Ueki defende petróleo como fonte principal da matriz energética

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Roberto Vaz

Um dos maiores especialista brasileiro na área de energia, o ex-presidente da Petrobras e ex-ministro das Minas e Energia, Shigeaki Ueki, defendeu, nesta quinta-feira (31), durante palestra na XVI Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos (CNLE), a necessidade de uma revisão sobre a exploração do petróleo como fonte principal da matriz energética brasileira.


“A indústria do petróleo não está no fim. Os acionistas da Petrobras podem manter suas carteiras porque vão ter benefícios no futuro” – afirmou Ueki, para quem o debate sobre a realização de investimentos em energia limpa (solar, eólica, biocombustíveis etc) precisa ser considerado em sua relação de custo-benefício.


O ex-ministro lembrou que, quando iniciou sua carreira, já se falava que o petróleo era uma fonte de energia em extinção. Observou que, no entanto, o combustível continua sendo uma meta para a maioria das nações. Citou, como exemplo, os Estados Unidos, que realizou investimentos pesados na produção de combustível do xisto, que permite ao país aumentar suas reservas de petróleo em busca da autossuficiência.


Para ele, o Brasil com uma população de 200 milhões de habitantes, equivalente a 3% do total mundial, “não pode viver de exportação de commodities”. Shigeaki Ueki disse que é hora de virar esta página e a sociedade deve pressionar para que o setor público reduza seus gastos para permitir o aumento de recursos em investimentos.


Segundo ele, a relação de investimentos brasileiros em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) é o mais baixo da América Latina. Em sua estimativa, se chegar a 15% do PIB, os investimentos podem alcançar US$ 100 bilhões por ano “recursos para o crescimento da infraestrutura e para muitas outras coisas”.


De acordo com Ueki, o Brasil precisa aumentar o consumo de energia per capta para garantir vida melhor à população. Atualmente, cada brasileiro é responsável pelo consumo de 1.300 kg de energia por ano. A liderança pertence aos norte-americanos, cujo consumo é de 7.500 kg por ano contra 4.000 kg de alemães e japoneses. Os argentinos consomem 250 kg/ano a mais do que os brasileiros (1.600 kg/ano).


“Para se ter uma ideia, se o Brasil dobrar seu consumo de energia, alcançaremos o mesmo índice atual dos portugueses” – afirmou Ueki, acrescentando que a matriz energética renovável brasileira supera os 30% recomendados pela Agência Internacional de Energia.


“Já somos PHD na geração de energia limpa. O Brasil produz 45%, acima do recomendado pela AIE. O que precisamos, mesmo, é de energia mais barata para garantir uma indústria mais competitiva e melhores condições de vida para o nosso povo” – afirmou.


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