Com a convicção de que nada se perde, mas tudo se transforma, um empresário de Cruzeiro do Sul enxergou no lixo a possibilidade de um novo negócio. O que certamente iria poluir o meio ambiente passou a ser exportado para outro estado onde é reciclado se tornando uma atividade rentável.
Francisco José do Nascimento, mais conhecido por Henrique teve essa ideia há doze anos quando fixava residência em Cruzeiro do Sul. Iniciou juntando latas de refrigerante, baterias e todo tipo de alumínio. Hoje ele é proprietário de um supermercado, mas não abandonou o projeto de reciclagem.
Com seu caminhão baú Henrique iniciou juntando latinhas e alumínio. Segundo ele, nos primeiros dois dias foram 300 quilos retirados da beira da estrada do aeroporto. Num balneário foram juntados mais 500 quilos de latas que estavam dentro da mata. No lixão da cidade foram recolhidos mais 800 quilos, comprados de uma mulher que juntava o material, mas não sabia o que fazer dele.
Hoje a ideia virou um negócio, gera emprego e tem colaboradores nos municípios de Rodrigues Alves e Mâncio Lima que compram o produto para a empresa. Só em 2011 foram recolhidas 100 toneladas de latinhas, alumínio, cobre e baterias, que foram enviados pela BR-364 para vender no sucatão em Porto Velho.
Depois de recolhidas e compradas dos catadores as latinhas e o alumínio são prensados e ficavam armazenados num depósito esperando a chegado do verão para serem embarcados nas balsas e enviados para Porto Velho onde eram vendidos para reciclagem.
“Naquele tempo a gente embarcava os produtos na balsa para ir vender no sucatão de Porto Velho. Do mesmo jeito a gente trazia as coisas para Cruzeiro do Sul. Muitas mercadorias passavam mais de dois meses viajando e algumas já chegavam vencidas. Agora as coisas vão melhorar. A abertura da BR-364 é uma grande benção e o fim do isolamento”, afirmou.
Da redação Ac24horas
Com informações de Voz do Norte