Médicos estudam pacientes com doença rara em Mâncio Lima
Uma equipe composta por cinco médicos neurologistas estão neste final de semanal atendendo membros de uma família do município de Mâncio Lima que são portadores de uma doença denominada ataxia epinocerebelar do tipo 2, que afeta uma parte do cérebro (cerebelo) comprometendo o sistema nervoso e equilíbrio do corpo. A equipe de especialistas são da universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e estão no Acre por intermédio do Programa Saúde Itinerante do Governo do Acre fazendo atendimento e estudos nos pacientes.
“Essa é uma doença muito rara, os pais quando são acometidos podem transmitir para os filhos. As chances giram em torno de 50%. A doença não tem cura, não existe um remédio que possa bloquear ou impedir a evolução, mas isso não significa que não tenha o que fazer. Esses pacientes necessitam de reabilitação com fisioterapia, fonoaudiologia e nutrição, para que haja uma tentativa na melhora da qualidade de vida”, comenta José Luiz Pedroso, neurologista da Unifesp.
A equipe também fez um estudo sobre a ligação familiar de cada um, já que se trata de uma doença genética. O neurologista Agessandro Abrahão Junior disse que a partir das informações colhidas, com o auxílio de documentos antigos foi possível constatar que provavelmente a doença chegou através de um imigrante nordestino há mais de um século, o patriarca da família. A ideia é com esse estudo proporcionar posteriormente um aconselhamento genético para as famílias, a fim de evitar novos herdeiros da doença.
A doença se manifesta em pessoas jovens e idosas. Devido às limitações do corpo, os pacientes acabam desenvolvendo transtornos como ansiedade, depressão, insônia, agressividade e outros sintomas de ordem psiquiátrica.
Da Redação ac24horas.com
Com informações do Juruá Online
Foto: Onofre Brito
