Talvez um dos sentimentos mais nobres, que mais traduza a compreensão do homem ao termo sociabilização seja a amizade. Desde tempos mais remotos, ter um amigo é a expressão máxima de que é possível amar na medida média do amor que cada um guarda para si.
A história humana é repleta de exemplos de grandes amizades: Dom Quixote e Sancho Pança, Os três patetas, Sherlock Holmes e Watson, os Três Mosqueteiros, O gordo e o magro.
Muitas outras, infelizmente, não chegaram até nós. Mas certamente existiram, disso não duvidamos. Para se manter vivo, permitir a sobrevivência da espécie, garantir as soluções dos problemas da comunidade, todos viram no seu próximo uma sentimental ferramenta para o auxilio necessário. Nessa inicial origem de compartilhar dilemas, a amizade mostrou que os melhores amigos, muitas vezes, chegam mais longe que os próprios familiares.
Domingo, cinco da tarde, minha mãe e Matilde se deslocam até o bairro Mauro Bittar, a fim de encontrar uma casa para a irmã de sua grande amiga que acabara de chegar de Cruzeiro do Sul.
Desapontado por não ter ficado para assistir à partida de futebol de meu time, fiquei no carro, tentando imaginar o que meus atacantes estavam fazendo com as zagas adversárias. Quanto será que estava o placar? Quantas jogadas bonitas eu não estava perdendo? Angustiado, apenas fiquei vendo as duas batendo palmas na casa desejada, a fim de saberem o preço do imóvel.
Três palmas foram o suficiente para que uma fera canina despertasse das profundezas do fundo do quintal e viesse ao encontro das duas amigas a fim de cumprimentá-las a seu modo.
Por estar um passo atrás, Matilde teve tempo de se proteger do animal. Por puro extinto, apressou-se e saiu do quintal, fechando o pequeno portão.
Estava salva! Mas sua defesa implicava a permanência de minha mãe com a fera que já iniciava os primeiros contatos usando suas gordas patas.
Enquanto minha mãe puxava o portão para sair, Matilde, vendo a fera ladrar, segurava o portão para que ele não fosse aberto. Segundo depois, com mais força, a que estava dentro conseguiu abri-lo e livrar-se do perigo.
– Queria que eu morresse? Me deixou lá dentro sua merda. Tá doida? Porra! – Resmungou minha mãe indignada com o gesto da companheira.
– Que foi que eu fiz? Ai meu Deus! Estamos salvas. Você tá bem? “Se machucou?” Indagou Matilde, querendo transparecer inocência e arrependimento.
Dentro do carro, misteriosamente eu estava morrendo de rir. Fora algo muito rápido, não deu tempo de refletir piores consequências. As duas não se falaram mais naquela tarde, nem quando deixei a amiga da mãe na casa dela. Matilde se despediu pra si. Sorte que o carro era meu, ela poderia ter corrido o risco de voltar a pé.
Talvez um dos sentimentos mais nobres, que mais traduza a compreensão do homem ao termo sociabilização seja a amizade. Desde tempos mais remotos, ter um amigo é a expressão máxima de que é possível amar na medida média do amor que cada um guarda para si.
FRANCISCO RODRIGUES – f-r-p@bol.com.br
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