Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
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A soma de quatro contratos assinados pelo Depasa e a empresa Construterra, da família de Carlos Sasai [presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac)], somente em 2012, ultrapassa os R$ 23,3 milhões. Famosa por abocanhar os chamados “contratos filé” do Governo do Acre, a empresa está com todos os pagamentos bloqueados por débitos com o erário público.
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Todos os contratos assinados este ano foram com o Departamento Estadual de Saneamento e Pavimentação, órgão responsável pela execução do programa Ruas do Povo [promessa de campanha de Sebastião Viana] e que também estadualizou o Sistema de Água e Esgoto de Rio Branco, antigo SAERB. O menor dos contratos foi assinado no valor de R$ 4,6 milhões é para serviços de infraestrutura urbana no município de Acrelândia.
A construterra também executou obras na cidade de Manoel Urbano onde abocanhou pela infraestrutura urbana, R$ 5,5 milhões. A empresa está contratada para executar as mesmas obras no município de Plácido de Castro. Todas as cidades citadas têm administrações de prefeitos ligados a Frente Popular do Acre.
Até o novo secretário Felismar Mesquita já deu uma canetada em contratos a favor da empresa da família de Sasai. Um deles assinado no valor de 6,3 milhões, no dia 04 de abril deste ano e outro no valor de R$ 6,5 milhões no 14 dias seguinte. Outros 10,2 milhões foram firmados com a chancela de Gildo César Rocha, outro homem de confiança do governador. Gildo é casado com a prima de Sebastião Viana.
Empresa ainda não cumpriu contrato pago através do BNDES em obra de habitação
Mas não é apenas com o Governo do Estado que a empresa Construterra vem sendo classificada sempre em primeiro lugar nas licitações. Obras pagas pelo governo federal e que foram firmadas através de convênios com o Banco Nacional de Desenvolvimento [BNDES], têm a placa da família Sasai.
Uma delas encontra-se inacabada e já foi alvo de denuncias neste site, localizada no Conjunto Andirá. O canteiro de obras abandonado teve investimentos do governo federal na ordem de R$ 5 milhões. Até hoje, a empresa do presidente do Sistema de Federação das Indústrias do Acre não explicou por que o projeto de infraestrutura não foi concluído. Asfalto, construção de calçadas e meio fio ainda não saíram do papel.