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Sindicalista culpa Governo do Acre pela insuficiência de profissionais em Centros Socioeducativos

Por
Roberto Vaz

Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com


 


Os agentes socioeducativos vivem um drama constante pelo baixo contingente da categoria nos centros socioeducativos do Acre. Com suas reivindicações sendo atendida apenas quando acontecem rebeliões e fugas de menores infratores, os profissionais lutam contra as péssimas condições de trabalho oferecidas pela administração estadual.


O presidente do Sindicato dos Técnicos e Agentes em Ações Socioeducativas do Acre (SINTASE), Betho Calixto, destaca que ainda existem vários pontos críticos dentro do sistema socioeducativo do Estado do Acre, principalmente o efetivo insuficiente para o desempenho das atividades diárias nas unidades de reabilitação de menores.


“O  governo ainda não entendeu que a atividade do agente socioeducativo é imediata. Temos a necessidade da realização de um concurso público. Mesmo com a chamada dos temporários, o numero de profissionais não atingiu o a necessidade real de 328 agentes socioeducativos. O quadro entre efetivos e temporários é de 229”, revela Betho Calixto.


O sindicalista diz que os socioeducadores estariam sobrecarregados e não podem esperar pela boa vontade do governo. “Em todas as reuniões que participamos, sempre coloquei as necessidades da categoria. Nunca houve nenhuma manifestação expressa do governador Sebastião Viana em querer ouvir o sindicato nem participar das reuniões”.


Segundo Betho Calixto, alguns membros do Governo do Acre só sabem questionar as ações do sindicato, mas não oferecem contrapartida nas rodadas de negociações, que esbarram na intransigência dos assessores especiais.


Socioeducadores não são liberados para estudar


Outra reivindicação do Sintase seria em relação à liberação dos agentes socioeducativos, que fazem curso superior.  A diretoria do sindicato pleiteia junto ao Instituto Socioeducativo a possibilidade de continuar liberando os profissionais, antes do cumprimento da carga horária completa, compensando em plantões posteriores.


Segundo Calixto, o ISE teme que a liberação dos agentes possa comprometer o andamento dos procedimentos nas unidades. Todas as permissões para que os profissionais saíssem teriam sido canceladas pelos diretores da instituição. “O governo não permite que os socioeducadores saiam antes 19h para estudar”, destaca Calixto.


O sindicato fez o levantamento do quantitativo de profissionais que estudam e concluiu que o número socioeducadores que frequentam curso superior é reduzido. “Os agentes estão  buscando a qualificação. Acho que o Estado deve rever sua postura e deixar de lado essa política errônea acerca da liberação dos socioeducadores que estudam”, finaliza o sindicalista.


 


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Roberto Vaz

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