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Acre é o estado mais encarcerador do Brasil

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Roberto Vaz

O resultado do último Mutirão Carcerário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra por que os presídios não recuperam ninguém. Durante um ano foram realizadas diversas inspeções e os dados colhidos são revoltantes porque mostram o ambiente de desumanidade do sistema prisional brasileiro.


O Acre, onde os presídios estão superlotados, aparece como o estado brasileiro com maior número de presos, proporcionalmente. De cada grupo de 200 pessoas, uma está presa.


Além disso, segundo o relatório do CNJ, as celas são escuras, mal ventiladas e sujas. No Complexo Penitenciário Francisco D’Oliveira, em Rio Branco, além do calor, os detentos convivem a falta de água. As inspeções também constataram que decisões judiciais obrigavam os presos a prestarem serviços comunitários quando passavam para o regime aberto, sem nenhuma determinação na sentença condenatória ou na lei.


Descobriu-se ainda que, os detentos do Acre estão sujeitos a falhas no cálculo de suas condenações. Foi identificado um preso, teve sua pena aumentada em dois anos pelo Judiciário estadual de forma indevida.


Aqui foram analisados 3.096 processos e concedidos 454 benefícios, como alvarás de soltura, progressão de pena, direito a trabalho externo, nos 31 dias de mutirão.


NORTE – Na região Norte, o CNJ constatou uma situação de insalubridade generalizada nos sistemas carcerários dos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará e Tocantins.


No Amazonas, seis em cada dez detentos ainda aguardam julgamento, enquanto a média nacional de presos provisórios é de 43%.


Uma colônia penal erguida há 30 anos funciona improvisadamente como único presídio do Amapá. Entre janeiro de 2010 e janeiro de 2011, 10% dos cerca de 1,8 mil detentos fugiram da unidade, que está em estado precário, tanto em termos de higiene quanto de segurança. Em Tocantins, a equipe do Mutirão encontrou um adolescente dividindo cela com detentos maiores de idade e identificou ainda a existência de apenas uma carceragem destinada a mulheres.


Nos presídios de Rondônia, a média de ocupação chega a dois presos por vaga. Em algumas casas prisionais, quatro homens vivem onde só poderia estar um. No Pará, a situação é mais grave, já que o déficit de vagas corresponde a 75% da capacidade do sistema.


Da redação ac24horas
Com informações do CNJ


 


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