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Entregues pelo governo como “salvação” para ribeirinhos, ambulanchas apodrecem no porto de Cruzeiro do Sul

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Jairo Barbosa – jairobarbosa@ac24horas.com
Fotos: Jairo Barbosa


Em janeiro de 2009, o então governador do Acre Arnóbio Marques (Binho-PT), entregou á população do Vale do Juruá, quatro unidades de uma embarcação adaptada para o transporte e atendimento emergencial de ribeirinhos vitimas de acidentes e graves e outras situações de emergência, as ambulanchas.

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As embarcações, construídas pela Marinha do Brasil,  foram repassadas ao municípios de Tarauacá, Jordão, Porto Valter e Mâncio Lima. Naquela ocasião, as ambulanchas dispunham de uma equipe com médico, enfermeiro e uma UTI para situações gravíssimas.


Para a população de duas cidades do Juruá o serviço não existe há mais de vinte meses. Duas ambulanchas entregues pelo governo estão apodrecendo no porto de Cruzeiro do Sul. Encostadas entre dois galpões do porto, as embarcações praticamente perderam a pintura, e no ano passado acabaram afundando no rio Juruá, onde ficavam ancoradas. Quando o nível das águas baixou, soldados do Corpo de Bombeiros retiraram as ambulanchas do fundo do rio e as removeram para o local onde hoje estão.


Os dois barcos ainda estão equipados com os potentes motores que diferenciavam essas lanchas das demais. Os equipamentos apresentaram problemas e nunca foram enviados para manutenção.


“Esses motores quebraram e as lanchas foram enviadas pra cá. Acho que cada um vale mais de vinte mil reais, mas o governo não manda consertar. Se eles não querem, podiam pelo menos doar pra alguém porque eles ainda prestam”, disse um funcionário do porto que pediu para não ter o nome publicado.


Depois que as ambulanchas quebraram o transporte de pacientes que necessitam de atendimento emergencial vem sendo feito em pequenas embarcações; nos casos gravíssimos, o socorro é feito de avião.



Em Mâncio Lima ambulancha também está quebrada


Na cidade que é porta de entrada para a Serra do Divisor, o atendimento emergencial para ribeirinhos também está comprometido. O motor da ambulancha repassada ao município está quebrado há meses, sem previsão para reparo. O barco está ancorado no porto do rio Japiim, sob os cuidados do comerciante Antonio Vicente, o Curaca.


Em Mâncio Lima, a população ribeirnha representa quase 40% do total de habitantes. Os ribeirinhos estão espalhados ás margens dos rio Japiim e Moa e ficaram sem o serviço móvel de urgência fluvial depois que a ambulancha parou de funcionar.


Em Rio Branco, a reportagem tentou contato com a coordenador do Samú, enfermeira Lúcia Carlos, mas ela não atendeu as ligações feitas ao seu celular.

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