Durante uma audiência pública sobre segurança, Edi Almeida, morador no bairro da Vitória, em Sena Madureira, foi um dos que demonstram preocupação e medo com a onda de violência que se instalou no município nos últimos meses. “A partir de 8 horas da noite está todo mundo de portas fechadas. Muitas casas estão sendo vendidas a preço de banana porque os moradores não suportam mais”, desabafa.
A audiência pública contou com a presença do secretário de Segurança Pública, Ildor Reni Graebner; do Comandante da Polícia Militar, Coronel José Anastácio; secretário de Polícia Civil, Emylson Farias; a promotora de Justiça de Sena, Patrícia Paula dos Santos; o prefeito Nilson Areal (PR) , líderes religiosos, entre eles, o padre Paolino Baldassari, além dos vereadores, que promoveram o evento.
Estudantes, presidentes de bairros e moradores acompanharam os debates e também apresentaram suas reivindicações. Trinta pessoas da comunidade fizeram uso da palavra e cobraram medidas emergenciais para a situação considerada insustentável. “As autoridades precisam sentir o clamor da população e aplicar as leis com mais rigor”, disse o professor Hermano Filho.
Sem anunciar nenhuma medida, o secretário de Segurança Pública, Ildor Reni Graebner afirmou que o governo não medirá esforços para frear a criminalidade em Sena. “Para buscar solução temos que primeiro diagnosticar o problema e é isso que está acontecendo hoje. Queremos assegurar aos moradores que vamos fortalecer cada vez mais as ações aqui no município”, acrescentou
O Comandante da PM, Coronel José Anastácio, lembrou que o policiamento em Sena Madureira tem sido reforçado, inclusive com equipes do Bope. Segundo ele, somente nos próximos meses o efetivo vai receber reforço. “O estado não pode perder para essa meia-dúzia de infratores”, afirmou.
O secretário da Polícia Civil, Emylson Farias, garantiu que o governo pretende lotar mais um delegado em Sena, onde já atuam dois.“Esse é um debate honesto,maduro. As pessoas apontam o que não está funcionando bem e de nossa parte só podemos garantir que iremos endurecer mais ainda o combate ao crime”, destacou.
O prefeito Nilson Areal (PR) disse que a situação é tensa, mas que a solução não depende apenas da polícia. “Esse é o momento de união. A Prefeitura garante nessa audiência o acesso ás ruas para que a Polícia possa fazer as rondas, mas também estamos trabalhando projetos de inclusão social dessa juventude”, enfatizou.
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