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Militares voltam a Manaus após quatro meses de operação pelos rios do Vale do Juruá, no Acre

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Roberto Gaz
 O navio atendeu 11.590 ribeirinhos em 72 localidades diferentes. No total foram realizadas 35.678 consultas médicas, além de 322 mamografias e duas evacuações médicas.
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Luana Carvalho . portal@d24am.com


Manaus – O Navio de Assistência Hospitalar “Dr. Montenegro” regressou de sua 12º ‘Operação Acre’, na manhã desta quarta-feira (2). Durante quatro meses, o navio que partiu de Manaus no dia 11 de janeiro deste ano, passou por comunidades ribeirinhas dos municípios que abrangem a região do Vale do Alto Juruá oferecendo diversos serviços de saúde. Ao todo, 60 militares entre médicos e dentistas participaram da jornada de atendimento de 300 pessoas por dia.


Equipado com instalações hospitalares, enfermarias, sala de raio-x, consultórios odontológicos, sala com mamógrafo, laboratórios de análises clínicas e uma sala de vacinação, o navio atendeu 11.590 ribeirinhos em 72 localidades diferentes. No total foram realizadas 35.678 consultas médicas, além de 322 mamografias e duas evacuações médicas.

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O Capitão-de-Mar-e-Guerra, Comandante Nilson Nascimento, do Comando da Flotilha do Amazonas, informou que as ações de assistência hospitalar, que tem o apoio do Ministério da Saúde, também prestaram serviços de apoio à Defesa Civil na situação de cheia, ocorrida no mês de fevereiro no estado do Acre.


Gratificação pessoal e sentimento de dever cumprido é o que os marinheiros trazem na bagagem, segundo o comandante. “A experiência maior é a pessoal, e gratificação de ajudar a população e chegar onde o estado tem dificuldades de chegar. A Marinha deseja sempre contribuir de forma significativa para a população mais carente”, declarou.


Missão Cumprida


Para o Capitão-de-Corveta, Comandante Marcos Alves, o sentimento também é de ‘missão cumprida’. “A operação Acre XII foi encerrada com bastante sucesso. Conseguimos alcançar o ponto extremo de navegação do navio, como o município de Marechal Thaumaturgo, no estado do Acre”. Ele ressaltou ainda que a permanência no estado do Acre foi de dois meses.


Além do Acre, o navio atendeu a comunidades ribeirinhas da calha do rio Juruá, no Amazonas, até chegar ao seu local de destino. Na volta, comunidades do Juruá Bravo também foram beneficiadas com os atendimentos médicos. “Conseguimos uma coordenação boa com as secretarias do estado do Amazonas e Acre. Eles nos apoiaram bastante e, além disso, o Ministério de Saúde disponibilizou a medicação aos pacientes. Eles eram consultados e já saiam com os remédios”, contou o comandante.


As dificuldades enfrentadas, segundo Marcos Alves, são as mesmas enfrentadas todos os anos na subida do rio Juruá. “A navegação é bastante difícil no alto do Juruá, mas conseguimos uma permanência grande no local. Aproveitamos a cheia e fizemos um atendimento extenso e de qualidade”.


Próxima missão


O comandante Nilson Nascimento comentou que uma reunião de coordenação com a Defesa Civil do Estado do Amazonas está sendo articulada para discutirem a necessidade de apoio da Marinha do Brasil aos municípios afetados pela enchente, que promete bater recorde neste ano, conforme previsto pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM).


“As proximidades de Manaus e comunidades adjacentes podem contar com o apoio do Navio de Assistência Hospitalar. Nós iremos apoiar, mas ainda não estão definidos os locais onde iremos operar. Isso vai depender da prioridade do estado, de forma que a concentração de forças não seja voltada a apenas um município”, informou.


O comandante contou também que um outro navio de Assistência Hospitalar já está operando no município de Boca do Acre desde o dia 26 de abril. Para dar suporte e apoio às vítimas da enchente deste ano. A Marinha disponibilizará um navio de patrulha e outro de assistência hospitalar.


Familiares ansiosos para  chegada dos marinheiros


Mesmo orgulhosas com o trabalho de seus maridos e felizes pela satisfação dos mesmos, ser esposa de marinheiro não é fácil, como conta Marilan Santos, mulher do segundo sargento Celso Santos, que pela quinta vez foi em missão ao Acre.

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“Não é fácil! Sou casada há muitos anos mas ainda não me acostumei com a falta que ele faz durante essas viagens. Sempre fico cerca de 4 à 5 meses longe dele e quando ele volta, já é para se preparar para uma outra missão. Sempre venho buscá-lo nas voltas acompanhada de nossa filha, que também fica com muita saudade”, desabafou Marilan.


A dona de casa Adriana Macena, esposa do Cabo Rafael dos Santos, também concorda que esposa de marinheiro vive “morrendo de saudades”. “É muito ruim ficar sozinha durante tanto tempo, mas as voltas são sempre muito aguardadas. Fico alegre dias antes da chegada do navio. Ao mesmo tempo que sinto falta, me sinto orgulhosa por ser casada com um homem que faz um trabalho tão bonito”, contou Adriana, bastante emocionada.


 


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