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Astério Moreira afirma que dirigentes do PRP tentaram extorquir Sebastião Viana

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Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com


Os deputados Astério Moreira e Lira Morais informaram nesta quarta-feira, 02, que entraram com um pedido conjunto de desfiliação do PRP, junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

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O advogado que representa os parlamentares é o especialista em direito político, Odilardo Marques. O pedido teria sido formulado há 30 dias. A relatora da ação é a juíza Alexandrina Melo. O mérito deverá ser julgado ainda este mês.


Procurados pela reportagem, os deputados fizeram um desabafo sobre a situação dentro do PRP. Astério Moreira alega que esteja sendo perseguido e obrigado a mudar seu pensamento ideológico.


A imposição seria do presidente do partido, Júlio César, o Julinho, que teria emitido um comunicado oficial, orientando que seus parlamentares deveriam fazer oposição ao governador Sebastião Viana (PT).


O parlamentar diz ainda, que nem ele nem Lira Morais, eram convidados a participar das reuniões e não tinha direito a opinar nas resoluções que eram tomadas no PRP.


“Tudo acontecia à revelia. O partido lançou candidatura própria sem nos consultar e depois recuou. O PRP está na mão de uma pessoa só, que toma as decisões e acabou a história, não ouve ninguém. São decisões familiares”, diz Astério.


Segundo o deputado governista, o presidente do PRP, o teria destituído da liderança do partido de forma vergonhosa e vexatória.


“As pessoas vão ao fundo de um quintal e criam um partido para chantagear e extorquir governos. O presidente do PRP me destituiu da liderança do partido, porque não submeto a chantagear nem mesmo outro partido, quanto mais um governo. Há sete anos vínhamos integrando a FPA e sem uma razão que justificasse mudou ideologicamente, indo para oposição. Respeito à decisão do presidente, mas discordo de ele querer me arrastar”.


Um documento teria sido enviado a Aleac, comunicando os deputados do PRP, sobre o novo posicionamento da legenda.


“Ele mandou um documento querendo nos obrigar a tomarmos uma decisão que vai de encontro a nossa consciência e posicionamento ideológico. Por este motivo entramos com o pedido de defiliação junto ao TRE”, justifica Astério Moreira.


Questionado sobre uma negativa da Justiça Eleitoral, tanto Astério, quando Lira Morais, disseram que não disputariam a reeleição.

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“Se houver uma decisão que não seja favorável, eu descarto totalmente qualquer pretensão de disputar a reeleição. Eu estou fora. Eu acho que este país tem que mudar a política, ficha limpa tem que ser para todos os setores da sociedade”.


Para os dois representantes do PRP, no Poder Legislativo, o PRP teria saído da FPA por ter chantageado os líderes da coligação, por mais espaço na máquina administrativa.


“Eu acho que todos os partidos pequenos precisam de mais espaço no governo, só que eu discordo da forma e do método de pressão. Acho que a conquista se dá em outro nível, dentro do campo da ética. O PRP fazia pressão e eu discordava desta forma sem ética de reivindicar. Respeito à oposição, mas não irei para o lado de lá”, acrescenta Lira Morais.


“Se a questão fossem cargos eu teria ficado com os R$ 14 mil oferecidos pelo governador”, diz Julinho


O presidente do PRP, Júlio César, o Julinho, rebateu as acusações de Astério Moreira e Lira Morais. O dirigente partidário disse que a questão não seriam a pressão por cargos, mas o respeito que o partido não estava tendo pela cúpula da Frente Popular do Acre.


“Nos não procuramos cargos. Se a questão fossem cargos eu teria ficado com os R$ 14 mil oferecidos pelo governador. Queremos respeito e poder de decisão, nossa intenção é promover o crescimento do partido e na FPA, não tínhamos oportunidades”, diz Julinho.


Sobre a ação de desfiliação dos deputados estaduais, Julinho foi enfático: “É um direito deles. Não estamos preocupados com isso, no momento. Eles podem falar o que quiser, minha preocupação é com as eleições municipais. Estou organizando o partido em 21 municípios”.


Julinho negou ainda, que tenha enviado algum tipo de comunicado aos deputados de seu partido, pedindo que eles fizessem oposição ao Governo do Acre. “Eles sempre tiveram liberdade para votar nos projetos que beneficiem a população no Estado. Desconheço este documento”.


O presidente disse ainda, que seu partido seria o segundo maior do Estado. “Não vou tratar da questão dos deputados. Este assunto discutiremos apenas em 2014. Depois de nossa saída da FPA, crescemos e já somos o segundo partido no Acre, nosso foco é o crescimento”, finaliza Julinho.


 


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