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Empreiteira ligada ao bicheiro Carlinhos Cachoeira fez doações à campanha de Sebastião Viana

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Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo.ac@gmail.com


Os tentáculos da supostas organização criminosa de Carlinhos Cachoeira também chegaram ao Acre. Depois da ligação comprovada do bicheiro com a empresa Delta, que presta serviços o Governo do Acre, a JM Terraplanagem e Construção, dona de dois lotes de pavimentação na BR-364, e obras do PAC, no Acre, foi flagrada pelos grampos da Polícia Federal.

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A situação do governador Sebastião Viana (PT), que durante o seminário de seu partido, teceu críticas aos adversários que não assinaram a CPI que investiga a ligação de Cachoeira com políticos de todo país, poderá se complicar. A campanha eleitoral de Viana, em 2010, recebeu R$ 40 mil da empreiteira JM Terraplenagem e Construção, ligada ao grupo de Cachoeira.


A  doação pode ser comprovada na prestação de contas publicada no portal do Tribunal Superior Eleitoral. As doações ocorreram através de transferência eletrônica. A primeira  foi feita no dia 26/08/10 – com o valor de R$ 20 mil. A segunda contribuição da empreiteira ligada a Cachoeira foi no dia 27/09/10, também no valor de R$ 20 mil.


A JM Terraplenagem e Construção foi citada numa conversa gravada pela Polícia Federal entre Cachoeira e o diretor da Delta, que tem contrato superior a R$ 1 milhão com a administração petista do Acre. Segunda as gravações da PF, nos outros estados a retribuição dos governadores seria com a concessão de serviços e obras.


O diretor do Deracre, Marcus Alexandre, que também é pré-candidato à prefeitura de Rio Branco pelo PT, Assinou vários termos aditivos para a JM, prorrogando os prazos de execução das obras da BR-364 e readequando a planilha orçamentária contratual, acrescendo mais valores em dinheiro ao valor da licitação original, vencida pela empreiteira.


JM é acusada pelo TCU de superfaturar obras da BR-364


A JM é citada na auditoria do TCU que apurou um superfaturamento de R$ 66,1 milhões e um sobrepreço de R$ 9,5 milhões nas obras da BR-364, no Acre. Quase metade do prejuízo aos cofres públicos foi provocada pela JM Terraplanagem e Construções, segundo o TCU, em dois trechos de 48 quilômetros da rodovia. A empresa nega as acusações feitas pelo TCU.


Irregularidades comprovadas pelo TCU


Segundo relatório do TCU, a Construtora  JM  Terraplanagem  e  Construções  Ltda.,  CNPJ:  24.946.352/0001-00  (Contratos 4.07.215A – Lote 02 e 4.07.171A – Lote 03) da BR-364 – teria se apossado irregularmente de  R$  16.945.004,44  e  R$  12.623.476,34  decorrentes  de  pagamento  por  serviços  não  executados  respectivamente  nos  contratos.


Os técnicos constataram ainda, que a realização  dos  aterros  e  bota-foras  comprovadamente  executados e os  volumes  de  escavação  medidos  e  pagos  são  muito superiores aos volumes de escavação efetivamente necessários, totalizando um sobrepreço  de  R$  3.121.978,38  decorrente  de  liquidação  irregular  da  despesa  no  contrato.


A empreiteira executou obras para Angelim


A JM Terraplenagem e Construção  também executou obras para a administração do prefeito Raimundo Angelim (PT), em Rio Branco. Na série obras de infra-estrutura na região conhecida como Poligonal Vitória, que inclui os bairros Vitória e Chico Mendes, a empreiteira abocanhou R$ 15 milhões de repasses federais e R$ 1,2 milhão de recursos próprios da prefeitura da capital.


Segundo informações do próprio portal de notícias da Prefeitura de Rio Branco, na segunda etapa da mesma obra, a JM se apossaria de R$ 10,6 milhões em recursos obtidos junto ao FGTS (sendo R$ 9.917.558,62 de repasse e R$ 750 mil de contrapartida), demonstrando a generosidade das administrações petistas com a empreiteira ligada a Cachoeira.


A contribuição de Binho Marques à JM


Além dos trechos da BR-364 que ligam Rio Branco ao Vale do Purus, a JM Terraplenagem e Construção atuou ainda, no trecho da mesma estrada no Segundo Distrito da capital. Na ordem de serviço assinada pelo ex-governador Binho Marques e pelo prefeiturável Marcus Alexandre, em 2009, a empreiteira levou quase R$ 7 milhões.


Na época, Marcus Alexandre destacou que a empresa vencedora da licitação, JM Construções, “irá utilizar tecnologia de ponta para garantir a qualidade e durabilidade da obra”. O trecho duplicado de 5,7 quilômetros entre o Novo Parque Industrial e a Vila Santa Cecília, teria apresentado vários problemas na pavimentação e recebeu intervenção de outras empresas.

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A ligação da JM Terraplenagem e Construção com o bicheiro Carlinhos Cachoeira colocam os administradores do Acre no olho do furacão das investigações da CPI. O último beneficiário da empreiteira foi Sebastião Viana, que teve anotadas duas doações de campanha em sua eleição para governador do Estado.


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