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Homem acampa em aeroporto pedindo ajuda para comprar passagem para tratar o filho em Brasília

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Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo.ac@gmail.com


Enquanto o Governo do Acre custeia passagens aéreas e despesas de uma comitiva para fazer uma visita à Milão, na Itália, usuários do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), sofrem com a burocracia do sistema de saúde do Acre.

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Desesperado com a situação do filho que sofre de má formação genética, Silvio Wladimir Schwalbe, 48, que reside no município de Brasiléia, acampou no Aeroporto Internacional Plácido de Castro pedindo doações para levar o pequeno Luiz Antônio dos Santos, de cinco anos, para fazer tratamento em Brasília.


Com um apelo escrito em uma folha de isopor, com os dizeres: “Precisamos de ajuda urgente, para completar a compra de uma passagem aérea para tratamento em Brasília”, um pai de família apela para fazer o tratamento do único filho.


Silvio Wladmir diz que o filho precisa fazer tratamento até os 18 anos. De acordo com o pai, Luiz Antônio precisaria fazer oito cirurgias, sendo que três já teriam sido realizadas. A criança corre o risco de ter o pênis amputado se não fizer o tratamento.


O pai da criança conta que teria chegado a Rio Branco na semana passada e teria procurado o TFD, com o laudo em mãos. “A diretora do TFD pediu que eu procurasse o Pronto Socorro, mas lá não existe a especialidade para o problema do meu filho”, enfatiza.


Para Wladimir, a situação de seu filho seria grave, mas os peritos do TFD dizem que é apenas uma simples infecção. “Não tem tratamento para meu filho em Rio Branco. Um médico orientou que qualquer complicação, ele teria que voltar à Brasília”.



Negativa do TFD


De acordo com informações de Silvio Wladimir, os funcionários do TFD negaram a passagem depois de fazerem uma ligação para uma médica identificada como Nésia, que não teria atendido seu filho. “Quem atendeu meu filho foi o doutor Rodrigo”.


“Ele foi bem claro em afirmar que em qualquer complicação meu filho teria que retornar”, prossegue o pai desesperado, que afirmou ainda, que teria passado seis meses em Brasília, da última vez que levou o filho para tratamento, sem receber a ajuda de custo do governo do Acre.


Recado de um médico do Huerb

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Segundo Silvio Wladimir, um médico teria afirmado no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), que ele deveria retirar o filho do local, já que o pequeno Luis Antônio, correria o risco de contrair uma infecção hospitalar e agravar seu estado de saúde.


“Tudo o que tenho é este menino para cuidar. Vendi tudo o que tinha para pagar o início do tratamento de meu filho. Vivo de favores e não sei o que vai ser de minha vida se tiverem que mutilar meu filho por irresponsabilidade deles (os gestores da saúde pública do acre)”.


“Tenho em mãos o documento de um médico do Pronto Socorro, que pediu para eu retirar meu filho de lá, porque ele corria risco de contrair uma infecção hospitalar. Até mesmo o laudo médico ficou retido no TFD”, protesta Silvio Wladimir.


Atendimento em Brasília


“O médico que cuidou de meu filho se comprometeu em fazer o atendimento, mesmo que eu chegue sem os documentos que ficaram retidos no TFD. Chegando lá, precisarei apenas fazer uma ligação, que ele vai fazer o tratamento”, diz esperançoso, o pai de família.




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