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Pitiman/Pietschmann: mais um nome constrangedor na CPI

Por
Roberto Gaz

Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo.ac@gmail.com


Indicado para compor a CPI do Cachoeira na cota do PMDB, o deputado Luiz Pitiman (DF) é mais um personagem constrangedor dentre os 32 deputados e senadores destacados para investigar as relações do contraventor com os políticos. Há 20 anos, Pitiman usava seu verdadeiro nome civil na vida pública, Luiz Carlos Pietschmann, e comandava a Casa Civil do governo do Acre.


Em 1992, a gestão do então governador do Acre, Edmundo Pinto, viu-se alvo de uma série de denúncias. Pinto foi convocado para depor na CPI do Collor, mas na véspera do depoimento, foi assassinado num hotel em São Paulo. Pietschmann e outros integrantes do governo foram investigados pelo Ministério Público do Acre por supostas irregularidades e desvios de recursos, mas o inquérito acabou sendo arquivado por determinação judicial.


Após esse episódio, Pietschmann transferiu-se para o Distrito Federal, onde consolidou seu espaço na vida pública local. Uma das primeiras medidas, no entanto, foi mudar a grafia do nome para “Luiz Pitiman”, que adota até hoje.


Com o novo nome, ele foi indicado para a presidência da Novacap, autarquia responsável pela urbanização de Brasília, na gestão de José Roberto Arruda. Ele estava no comando da entidade quando veio à tona, em 2009, o “mensalão do DEM”, marcado pelas imagens de Arruda recebendo um maço de dinheiro do então presidente da Companhia de Planejamento do DF, Durval Barbosa – que viria a se transformar no principal delator do mensalão do DF.


Em 2010, Pitiman elegeu-se para o seu primeiro mandato de deputado federal pelo PMDB. No ano seguinte, foi indicado para integrar mais um cargo no Executivo, desta vez, na gestão do petista Agnelo Queiroz. Ligado ao vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), Pitiman assumiu a Secretaria de Obras do DF. No entanto, rompeu com Agnelo e pediu demissão do cargo depois que, no comando da pasta de Obras, teria sido afastado das negociações sobre a construção do estádio que vai sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014 em Brasília.


Agora foi indicado pelo líder do PMDB, deputado Henrique Alves (RN), para compor a CPI do Cachoeira. Acabou despontando como suposto desafeto de Agnelo, embora ele negue qualquer desavença com o petista. Este, por sua vez, é citado em grampos da Polícia Federal na Operação Monte Carlo, que investiga o esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira. Nessa condição, Agnelo deverá ser convocado pela CPI. Um dos votos favoráveis poderá vir de seu ex-secretário de Obras.


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