Guarnição do SCI tira dinheiro do próprio bolso para pagar equipamento danificado

Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
jscarioca@globo.com

Uma denúncia vem movimentando a caserna dos militares do Corpo de Bombeiros de Rio Branco acompanhada pelo presidente da Associação dos Praças Bombeiros Militares do Acre [APRABMAC]: a exclusão do Banco de Horas utilizada como instrumento de comandantes para punição ilegal de militares.

A reportagem foi publicada no Blog 04 de Maio. Segundo a informação, há poucas semanas o tenente Reis não conseguiu apurar quem danificou um equipamento de uma das viaturas operacionais do aeroporto e forçou as guarnições a pagarem do bolso o concerto sem individualizar o culpado.

– Os militares que se recusaram a pagar por dano que não cometeram foram excluídos do banco de horas por certo período e estão até agora sem ser escalados para o serviço extra remunerado – diz a reportagem.

O problema, segundo o tesoureiro da associação, o soldado Abrahão, é de conhecimento do Cel. Flores, que prometeu resolver a situação. O soldado afirma que “Juridicamente não existe amparo legal para punição com exclusão do banco de horas. O nosso arcaico RDCBMAC, DECRETO N⁰ 116, DE 24 DE MARCO DE 1994, prevê as punições possíveis, sendo que exclusão sumária do banco de horas não está prevista. Deve ser tudo grande equívoco, nada que o bom diálogo não resolva.”

Bem ao seu estilo pacificador, o presidente da Associação, Francisco Jusciner disse que vai propor o diálogo para resolver a situação no SCI. Os soldados são acusados de vazar informações para a imprensa sobre as condições da pista do aeroporto. Um deles, que pediu para não ser identificado fez a seguinte declaração:

“Aqui no aeroporto há funcionários civis que são assessores de políticos, daí eles informam qualquer problema sobre a pista, caminhões etc, e quando sai no jornal o tenente Reis já presume que somos nós militares que denunciamos. Muitos chefes de equipes daqui têm até medo de lançar as alterações no livro diário, pois praticamente todos nós precisamos do banco de horas para completar a renda.”