Após conseguir aprovar Requerimento para realização de uma audiência pública na Comissão da Amazônia, o deputado federal Gladson Cameli (PP/AC), solicitou ao coordenador da bancada federal do Acre em Brasília, deputado Taumaturgo Lima (PT/AC) uma reunião imediata com todos os deputados e senadores acreanos para discutir uma solução para a problemática indígena na região.
Procurado pelas lideranças indígenas do estado, Cameli recebeu a solicitação para que seja realizada uma audiência com os representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Brasília, além de uma audiência nos ministérios da Saúde e Justiça para debater temas relacionados aos graves casos de doenças que afetam os indígenas acreanos, como os 14 casos de gripe H1N1 já confirmados na semana passada no município de Feijó e mais de 22 mortes por rotavírus, ocorridas desde dezembro de 2011.
Os indígenas querem ainda uma solução para as questões ligadas a demarcação de terra e a invasão de madeireiros peruanos em suas terras.
Várias denúncias sobre má gestão e descaso nas aldeias foram protocoladas junto ao Ministério Público Federal (MPF), INSS, Polícia Federal e na sede da Funai no Acre, mas segundo eles, até o momento, não foram apresentadas soluções.
O coordenador regional do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Lindomar Padilha, está acompanhado um protesto realizado no Acre desde a última quarta-feira,18, e hoje, 19 de abril, Dia do Índio, cerca de 10 etnias ocuparam a sede do Palácio Rio Branco após terem invadido também a sede da Funai.
Gladson alerta para um grande conflito no estado já que há diversos depoimentos e documentos que comprovam os questionamentos dos indígenas e as acusações de omissão por parte de vários órgãos públicos.
“É necessário que essa situação seja levada de imediato aos responsáveis pelas questões indígenas em Brasília, uma vez que a própria Funai do Acre já informou que a solução de todos esses problemas só podem ser resolvidos via Brasília. Não podemos esperar que o pior aconteça e que mais indígenas continuem morrendo no nosso estado”, disse ele.
David Casseb, de Brasília
