Descasos habitacionais abandonados chegam à Câmara Municipal

Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
jscarioca@globo.com

O abandono dos Conjuntos Habitacionais entregues pelo governo do Estado chegou na Câmara Municipal. Moradores procuraram os vereadores para reclamar, principalmente, do esgoto a céu aberto que está invadido as casas no Vale do Carandá, próximo da Bahia Nova, na Baixada da Habitasa. A Estação de Tratamento de Esgoto não funciona.

Além da situação de saneamento básico, os moradores reclamam da estrutura precária das casas. Segundo dona Bianca de Lima, na sua casa, “nem piso tem, estamos pisando na areia pura”. Os moradores falam também da falta de água e das condições precárias das ruas do habitacional.

O vereador Rodrigo Pinto chamou de “serviço de porco” as casas que estão sendo entregues pelo governo. Ele citou a qualidade das obras do Programa Minha Casa e Minha Vida em outros estados. “São os mesmos recursos, os mesmos critérios e a qualidade das obras no Acre, são precárias. Aonde estão os recursos?” – cobrou Pinto.

Recebidos pelo vereador Alisson Bestene [PP], os moradores tiveram a garantia que de um relatório será enviado ao Ministério Público em conjunto com o deputado Rocha, que encabeça o debate no parlamento estadual. Essa semana, empreiteiros que deixaram de receber recursos do Ministério da Cidade, denunciaram o calote.

O secretário Aurélio Cruz disse que a paralisação das obras se dá pelo contingenciamento dos recursos pela presidente Dilma Rousseff.

O vereador Ricardo Araújo apoiou a cobrança e afirmou que responsabilidade é dos empreiteiros que fizeram a obra. Ainda segundo Ricardo, essas notícias não chegam ao gabinete do governador. O vereador Ricardo Araújo é engenheiro e faz parte do bloco de sustentação do governador.

Quem também falou pelo bloco da Frente Popular do Acre foi o vereador Marcelo Jucá, ele disse que falta fiscalização na execução das obras habitacionais. Até o vereador Juraci Nogueira, do PP, cobrou lisura no processo. “Me sinto incomodado com essa situação do esgoto. Existe erro no atesto dessas notas para as empresas que executam essas obras”, cutucou Juraci.