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Fumaça e fogo

A celeuma pode não ter o nível das revelações dos bastidores. Mas há sim dirigentes da oposição descontentes como Tião Bocalon (PSDB) toca a candidatura à PMRB, sem ouvir ninguém. Podem negar, mas, é exatamente por isso que não há uma candidatura única. Para o grande público por certo é novidade, mas, para mim não é que, Flaviano Melo, Sérgio Petecão, Jamil Asfury, Marcio Bittar não engolem Tião Bocalon (PSDB), apenas o suportam. É realidade, não adianta varrer para debaixo do tapete, mas esse grupo não tem nada, absolutamente nada a ver com a notícia de golpe na candidatura do Tião Bocalon publicada no ac24horas. Vou dizer o que penso de tudo isso, depois de ouvir várias versões: o Bocalon, até creio, pode não ser o mentor dessa história, mas a notícia foi plantada por pessoas do seu grupo para queimar Marcio Bittar, que na verdade nunca engoliram de ter ficado na presidência do partido. E não adianta virem com firulas, foi exatamente isso o que aconteceu. Uma versão diferente, vendam para o Zé das Couves, não para mim, por favor, minha experiência me ajudou a farejar brigas políticas. Como não tenho nada a ver com a briga, não me interessa quem vai ganhar ou perder na história.


Eu, eu e eu


A queixa principal que ouço contra Tião Bocalon na oposição é que não discute espaços políticos, não tem um projeto que englobe os aliados, mas sim um projeto pessoal, o que implodiu a unidade.


Não vai resolver


Esse problema, que é real, é que me foi colocado por vários dirigentes da oposição, não vai se resolver com desmentidos, com o tradicional está tudo bem, mas com mudança de métodos.


Culpa do Ricardão


E não se venha dizer ser manobra da imprensa para implodir a oposição. É a mesma desculpa do marido que pegou o Ricardão na cama com a mulher e se vingou quebrando a dita cama.


Ponto positivo


Mas, Tião Bocalon tem um ponto positivo: não se conhece dele um ato desonesto. Pelo menos não chegou ao conhecimento público. Agora, isso não invalida as “cagadas” promovidas por alguns de seus assessores, que acham que já ganharam a eleição no primeiro turno e não precisam dos aliados. Ou o Bocalon chama para si o comando da campanha ou essa turma vai lhe levar para baixo.


Denúncia no TRE


O PMDB entra essa semana com denúncia por crime eleitoral, documentado com fotos, contra o candidato a prefeito da Capital, Marcus Alexandre (PT), fotografado numa frente de obras no ramal do Canil Municipal, com cobertura de jornalistas. O flagrante foi dado pelo pré-candidato do PMDB, Fernando Melo, que de viva voz cientificou os jornalistas que estavam encobrindo um crime eleitoral e que Alexandre o estava cometendo. E a campanha que começa a pegar fogo. Faz parte do jogo.  Campanha sem debate, sem denúncia, não existe.


Corda no pescoço


A denúncia do MPE de Cruzeiro do Sul contra os vereadores do município por crime de improbidade administrativa, fundada em gastos com pagamentos não amparados em lei, vai dar trabalho. Pelo menos vão ter que contratar advogados para explicar com se dava a distribuição de dinheiro da Câmara Municipal. Poderão ser enquadrados na “lei da ficha limpa” e terem as suas candidaturas vetadas por um bom tempo.


Início de tudo


Uma pessoa próxima do Pastor Agustinho, da Igreja Batista, me revelou que seu afastamento de Tião Bocalon começou quando o deputado Werles Rocha (PSDSB) assumiu sua campanha.


Métodos da caserna


Segundo essa fonte, Rocha usa métodos da caserna, pensa estar lidando ainda com recrutas.


Quer explicação


Rocha nega e pede uma explicação: por qual motivo um dia antes o Pastor Agustinho prometeu apoiar a candidatura de Tião Bocalon e na outro apoiou Jamil Asfury (DEM)?


Hipótese zero


E sobre a retirada da candidatura de Bocalon para unificar a oposição diz ser, zero a chance vir acontecer, por não encontrar guarida no partido e o candidato estar liderando as pesquisas.


Fazendo estrago


E na FPA, cada vez que a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) visita um bairro, o estrago na candidatura de Marcus Alexandre (PT) aumenta, por se tratar de fogo-amigo.


Sem força


E pelo que dizem alguns comunistas, não há no PCdoB ninguém com força para lhe frear.


Levar um “não”


O deputado Jamil Asfury (DEM) foi lacônico quando perguntado ontem se não temia Márcio Bittar (PSDB) implodir sua candidatura na direção nacional do DEM: “ele vai levar um não!”.


Hipocrisia pura


Tucanos andam detonando o Pastor Agustinho por declarar apoio à candidatura de Jamil Asfury (DEM). Pura hipocrisia, se ele estivesse apoiando o Tião Bocalon estavam aplaudindo.


Volta do anzol


O que ouvi ontem de um deputado do PMDB situa muito bem a arrogância de alguns tucanos: “eles estão esquecendo que essa é uma eleição de segundo turno e que todo anzol tem volta”.


Pá de cal


Com essa gravação secreta de um encontro com o presidente do PSDB, Marcio Bittar (PSDB), o professor Emerson (PSDB), afundou de vez a chance de disputar a prefeitura de Brasiléia.


Chá de cidreira


Que a candidatura de José Alvanir (PT) a prefeito de Brasiléia dá mais sono que chá de cidreira é verdade. Que ganhar seria zebra é verdade. Só que o PT não tem nome melhor no município.


Perda de tempo


Por isso, o movimento de setores mais conservadores da FPA para detoná-lo é tolice.


ZPE


Os deputados saíram entusiasmados ontem da explanação feita sobre o funcionamento da ZPE. Creio que dará certo pela obstinação e competência do secretário Edvaldo Magalhães.


Alvos fixos


E ao afirmar na última entrevista que “projetos pessoais” implodiram a candidatura única à PMRB, a tacada tem endereço certo: Fernando Melo (PMDB), Jamil Asfury (DEM) e Luiz Calixto.


Sujeitos ocultos


E como sujeitos ocultos da oração Flaviano Melo e Sérgio Petecão.


Liberado na justiça


A demora do prefeito Wagner Sales (PMDB) em anunciar a candidatura à reeleição é que esperava um aval da justiça, o que acabou ocorrendo e ele ficando fora do “ficha limpa”.


Baú de maldade


Um tucano desfilava ontem na Aleac com cópia da gravação do ex-vereador Marcio Batista em que o quase vice de Marcus Alexandre (PT) diz que não foi reeleito por o povo não saber votar.


Horário eleitoral


Garantia aos jornalistas que a peça será usada durante o horário eleitoral na televisão.


Com a FPA


O ex-vereador Zemar e a mulher Blandina, após conversarem com cardeais do PT decidiram mesmo deixar o PSDC e apoiar a candidatura de José Alvanir (PT) a prefeito de Brasiléia.


Sem tiques


Que o deputado federal Márcio Bittar (PSDB) queria ser o candidato único da oposição à PMRB é pura verdade. Que saiu do páreo não por generosidade, mas porque viu que não conseguiria isso, idem. E que nunca morreu de amores pelo Bocalon, também. Por favor, sem hipocrisias!


Por Luis Carlos Moreira Jorge


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