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Bode é espancado depois de se envolver em confusão na Vila Acre

Published by
Thais Farias

Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
jscarioca@globo.com


“Eles me levaram para a Estrada do Amapá e me espancaram com cassetetes e colocaram o revolver na minha boca, quebraram o meu dente”, confessa José Ribamar da Silva, 40 anos, mais conhecido como “Bode”, morador do residencial Santa Helena, na Vila Acre.


A acusação é contra os policiais militares João Carlos Castro Vila Nova, Francisco Costa de Souza e Francimar Pires de Araújo, que de acordo a vitima, lhe espancaram quando atenderam uma chamada do CIOSP para conter uma briga no bar de nome Mandala, localizado após o SEST/SENAT.


– Não houve briga, apenas empurrão. Os outros todos correram e eu fiquei no local, moro ali perto, não tinha nada a temer – disse Bode.


Marcas da violência estão por todo o corpo de "Bode"

Com um dente quebrado e hematomas por todo o corpo, Bode fez exame de corpo delito no      último sábado (07), no Instituto Médico Legal. Aconselhado por amigos para não fazer justiça com as próprias mãos, Bode resolveu abrir a boca e revelar a existência de uma sala de tortura dentro da Delegacia de Flagrantes.


– Lá eu também fui espancado. O delegado quando chegou ficou assustado e disse que eu tinha que ser levado imediatamente para o Pronto Socorro. Tenho mais de dez testemunhas dispostas a me ajudar. Eles começaram a me espancar em frente o Mandalas – relembrou a vitima.


No Boletim de Ocorrência, os militares afirmam que foi necessário o uso da força para conter o infrator que reagiu contra os policiais afirmando ser matador. Ainda segundo os militares, Bode foi algemado para preservar a sua integridade física e a dos agentes da segurança.


FICHA PROCESSUAL:


Conforme consta no Serviço de Automação Judiciária [SAJ] do Tribunal de Justiça, Bode é parte integrante da Ação Penal de Competência do Júri, como vitima, no homicídio simples praticado no município de Plácido de Castro. Neste processo figura como réu, o senhor Francisco Adaucimar Oliveira de Castro. O autor do processo é o Ministério Público Estadual.


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Thais Farias

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