Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
[email protected]
Nos últimos dez anos, a taxa de atendimento das crianças de 4 e 5 anos na escola cresceu 55,8%. Em 2000, pouco mais da metade (51,4%) da população nessa faixa etária tinha acesso à educação, patamar que chegou a 80,1% em 2010. Entretanto, mais de 1,1 milhão de crianças entre 4 e 5 anos não frequentam a escola, de acordo com levantamento do Movimento Todos pela Educação. No Acre, esse déficit atinge a casa dos 35,9%.
Até hoje, o prefeito Raimundo Angelim (PT-AC) ainda não confirmou os recursos destinados para a construção de 10 creches em Rio Branco. Pior: de acordo com a pesquisa realizada pelo Movimento, a tendência é que a procura de vagas aumente nos próximos anos. A presidente nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, avalia que serão “muito difícil” para as redes municipais cumprir a meta de universalização da pré-escola se não houver mais investimento. Para isso, ela destaca a importância da aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê um aumento dos recursos para a área, inclusive com a participação da União. O projeto está há mais de um ano em análise na Câmara dos Deputados.
Como o ac24horas vem mostrando em uma série de reportagens, mesmo com uma quantidade enorme de recursos transferidos pelo governo federal, existem problemas estruturais da educação em todo o estado. Mesmo com o posicionamento favorável da conselheira Naluh Gouveia, do Tribunal de Contas do Acre, os deputados estaduais do bloco do governo brecaram uma CPI que investigaria como estão sendo destinados os recursos da Educação.
Ainda de acordo com a pesquisa, entre os estados, apenas o Ceará e o Rio Grande do Norte têm taxas de atendimento na pré-escola superiores a 90%. Na outra ponta, Rondônia e o Rio Grande do Sul têm menos de 60% das crianças de 4 e 5 anos matriculadas. No total, 14 unidades da Federação têm índices de atendimento inferiores à média nacional. O Acre é um deles.
Veja o quadro: