Tião Viana leva “carão” de Romário ao recusar doações do jogo da solidariedade
Polêmico desde os tempos em que o gramado era seu local de trabalho, o deputado federal Romário (PSB-RJ) soltou o verbo numa entrevista na noite de quinta-feira, 29, no programa Boa Noite Rio Branco, da TV Rio Branco, canal 8, repetidora do SBT, no Acre.
O “Baixinho” não poupou críticas ao boicote do governador Tião Viana (PT), na realização do jogo das estrelas para arrecadar donativos aos desabrigados pela cheia do Rio Acre.
No bate-papo com o apresentado Archibaldo Antunes, Romário destacou seu trabalho em defesa as ações da Apae. De acordo com ele, uma das principais bandeiras de seu mandato, como deputado federal é ajudar a entidade.
O ex-jogador falou ainda, das campanhas de combate a droga e recuperação de jovens dependentes químicos. Sobre sua carreira política, Romário afirmou que tem sido um grande aprendizado, sua convivência na Câmara Federal.
Em relação ao jogo das estrelas, realizado no estádio da Federação de Futebol do Acre, o Baixinho deixou claro seu despontamento com as autoridades estaduais.
“O motivo maior da minha vinda ao Acre é angariar doações e ser solidário as pessoas. Uma coisa que é triste em tudo isso é a atitude do governador do Acre, ir à imprensa e dizer que tudo que for arrecadado neste jogo, não será bem vindo para o Acre, principalmente para as pessoas que precisam”, declarou Romário.
Continuando seu desabafo, o deputado que participar deste mesmo tipo de evento para ajudar em vários estados, mandou um recado ao governador Tião Viana.
“Quero aproveitar a oportunidade para dizer ao governador, que a gente vem aqui, para estender a mão, porque é uma obrigação nossa, não só como políticos, mas como brasileiros. Eu, independente de ser político ou deputado federal, sempre fiz isso, na minha vida e faço agora com o coração. Eu e muitos outros poderíamos estar em outro lugar, mas entendemos que as pessoas aqui precisam da gente. Então, viemos aqui trazer paz, alegria e amor”, enfatiza Romário.
Mesmo com a intervenção do apresentador, que disse que não seria assessor do governador Tião Viana, mas garantia que deveria haver algum mal entendido, o Baixinho concluiu sua opinião em relação ao boicote anunciado ao jogo das estrelas, pela administração estadual.
“Essa atitude do senhor [Tião Viana] infelizmente é uma atitude que, particularmente, como um político novato e, tendo o senhor como um dos grandes políticos de nosso país, tomar uma decisão dessas é até feio”, desabafou.
O apresentador, Archibaldo Antunes reafirmou que deveria haver um mal-entendido, porque a administração estadual saberia da importância do evento. “O governador Tião Viana, trabalhou muito no período da enchente, eu acho que houve um mal-entendido. Isso provavelmente, ainda vai ser esclarecido”.
Respondendo ao apresentado, Romário enfatizou: “Tomara que eu esteja equivocado, porque pode ter sido um mal-entendido. Se isso é verdade, eu não consigo entender”.
TRANSMISSÃO PROIBIDA
A partida de futebol das estrelas não foi transmitida por nenhum órgão de comunicação oficial do Estado do Acre. De acordo com informações de funcionários da Rádio Difusora, o Governador Tião Viana teria proibido a transmissão do Jogo beneficente. Ainda segundo, o funcionário da Rádio Difusora, o jogo não aconteceu no Estádio Arena da Floresta, por imposição do Governo do Acre, que não queria dar publicidade ao avento promovido pelo senador Sérgio Petecão (PSD), que faz oposição a atual administração.
Ray Melo,
da redação de ac24horas
[email protected]

São mais de 200 as famílias desalojadas e desabrigadas em Xapuri por conta da enchente do Rio Acre, que na cidade chegou a 5 centímetros da cota atingida na enchente histórica de 2012, uma das maiores registradas no município. Na manhã desta quinta-feira, 30, o rio alcançou 15,53 metros – Em 2015, chegou a 15,58 metros.
Na noite desta quarta-feira, 29, a água começou a atravessar, em alguns pontos, a rua 6 de Agosto, parte mais antiga da cidade. Nessa região, todos os comerciantes se retiraram dos estabelecimentos. Um dos últimos a sair foi o Banco do Brasil, que teve valores e equipamentos removidos.
Os impactos da alagação para a população são grandes, com um bairro completamente isolado pelas águas e outro sem água tratada e sem energia elétrica no período da noite.
O bairro Braga Sobrinho, também conhecido como Bolívia, teve o único acesso, a ponte sobre o igarapé Santa Rosa, completamente encoberta. No bairro Sibéria, além de a força da água ter arrastado a tubulação que leva água ao bairro, a energia elétrica precisou ser interrompida durante a noite por medida de segurança.
Na edição desta quarta-feira (29) do Diário Oficial da União (DOU), O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a situação de emergência em Xapuri, Brasiléia e Epitaciolândia.

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a situação de emergência em mais três cidades do Acre afetadas por inundações. A portaria que oficializa a medida foi publicada na edição desta quarta-feira (29) do Diário Oficial da União (DOU).
Estão na lista os municípios de Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri. A capital, Rio Branco, já havia obtido anteriormente o reconhecimento federal devido às fortes chuvas.
Além das cidades acreanas, outros 59 municípios dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo também obtiveram o reconhecimento federal de situação de emergência nesta quarta-feira devido a desastres.
O reconhecimento da emergência garante o acesso a recursos federais e estaduais de forma imediata para remediar os efeitos da enchente, bem como o auxílio aos desabrigados e futuras ações preventivas.
Com o decreto, ficam autorizados a realização das despesas necessárias para instalação e manutenção de abrigos, o fornecimento de insumos, o suporte logístico e as demais medidas administrativas urgentes consideradas necessárias à manutenção ou ao restabelecimento da capacidade de resposta do poder público para o enfrentamento da situação de emergência. O decreto entra em vigor na data de sua publicação, com prazo de vigência de cento e oitenta dias.

Em vídeo divulgado nas redes sociais na noite desta quarta-feira, 29, o governador Gladson Cameli (PP) revelou que pediu ao ministro do desenvolvimento regional, Waldez Góes e a ministra do meio ambiente, Marina Silva, ajuda para a construção de casas populares aos atingidos pela cheia dos igarapés e do Rio Acre.
Com mais de 30 mil desalojados e o manancial medindo 17,10 metros, Cameli garantiu que o pedido foi encaminhado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O nosso governo tem se esforçado para socorrer e cuidar das famílias”, declarou.
O chefe do executivo acreano revelou que o objetivo é evitar que as famílias passem esse situação novamente. Além disso, Gladson pediu doações de alimentos à população. Segundo o governo, os interessados devem deixar os produtos no Colégio Estadual Barão do Rio Branco (CERB).

Nesta quarta-feira, 29, a Defesa Civil, registrou aumento de 73 centímetros no nível do Riozinho do Rola nas últimas 24 horas – chegando a 17,45 metros. Com o registro, o órgão alerta para aumento do nível do Rio Acre, onde pode impactar a mais pessoas na capital, Rio Branco.
Devido o volume de águas subindo, o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista, alerta para mais impactos à população da capital, Rio Branco, e para atenção da população no uso de embarcações. “Há muitos balseiros descendo o rio e é preciso atenção de quem está utilizando as embarcações”, explicou.
Batista também pediu para que as pessoas que usam lanchas e Jet-Ski reduzam a velocidade. “Também pedimos para quem esteja utilizando jet-skis, lanchas e outras embarcações, que faça trajeto em baixa velocidade, para evitar o comprometimento das casas em situação de alagamento”, orientou o coordenador da Defesa Civil Estadual.
O produtor rural e aposentado José Antônio Ferreira Leandro, de 60 anos, vive com a esposa Eunice Silva, de 67 anos, nas proximidades da ponte do Riozinho do Rola, no quilômetro 11 da estrada da Transacreana. Morando no local há cerca de 20 anos, o aposentado afirma que foram atingidos na cheia de 2015 e que com o levantamento feito na estrada e a substituição da ponte de madeira por uma de concreto asseguraram maior tranquilidade a quem mora na região. “Se não fosse terem alterado aqui a estrada e feito uma ponte de concreto, tudo aqui ao redor já estaria alagado”, afirmou.
A Secretaria de Agricultura (Seagri), mobilizou equipes para atender as famílias atingidas nas áreas rurais do estado. “Alinhado com o governador Gladson Cameli, estamos comprando do pequeno produtor, associações e cooperativas, para atender as demandas locais onde as pessoas estão abrigadas e também atender os nossos produtores vítimas da enchente”, destacou Luis Tchê.
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