Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
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Sem dinheiro em caixa e alegando ter desembolsado com os alagados, a prefeitura de Rio Branco tenta fazer mais um empréstimo de R$ 3 milhões junto a Caixa Econômica Federal para garantir contrapartida em projetos aprovados pelo governo federal, orçados em R$ 100 milhões. O empréstimo não foi aprovado a toque de caixa, por que junto com a pancada de chuva que caiu na capital no final da tarde de ontem (21), existem uma série de questionamentos aos objetivos do empréstimo.
Para o vereador Alisson Bestene [PP], é nebuloso o fato das planilhas apresentadas pelo executivo já terem as empresas vencedoras de licitações. “O executivo licitou sem ter dinheiro em caixa?”, questiona o vereador.
Segundo a bancada de sustentação de Raimundo Angelim, as obras são para continuidade de pavimentação dos bairros das Placas e Nova Estação. O discurso difere do que foi utilizado como desculpa durante audiência pública semana passada no bairro Nova Estação. Lá, o secretário de articulação política de Angelim alegou que as chuvas suspenderam as obras nos bairros.
Com a nova política do governo federal recursos para obras serão liberados somente com a garantia de contrapartida. Esse tem sido o principal obstáculo dos municípios afundados com os cortes com o Imposto de Renda e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que compõem o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
O debate promete aquecer a sessão legislativa desta quinta-feira. Longe desse clima, Angelim realizou palestra em São Paulo e cumpre agenda em Brasilia. O abacaxi está sendo descascado pelo progressista Juraci Nogueira [PP]. À convite do Sebrae, o prefeito foi a capital paulista falar sobre Gestão Pública.