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Perpétua encomenda pesquisa para reconstrução com segurança em áreas alagadas

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A deputada Perpétua Almeida (PCdoB), refez nesse sábado o trajeto feito por ela durante a alagação, quando passou dias entregando água e comida para as famílias ilhadas. A parlamentar foi levar mais uma vez sua solidariedade e verificar como pode ajudar as famílias.


“Eu sei que não é fácil, mas é preciso recomeçar e eu estou me colocando à disposição para ajudar no que for necessário. Verificamos por todo o bairro que os quintais onde a água baixou estão cobertos por uma lama fétida. É nesses locais que se desenvolvem as doenças, por isso vou conversar com o prefeito e com o governador para ver como poderemos atuar ali, se existe a possibilidade da prefeitura jogar cal, porque as pessoas não podem fazer isso sozinhas. Muitas famílias perderam tudo e não tem nem como reconstruir suas casas para abrigar as crianças”.


Por toda a extensão do Taquari o que mais se vê, são móveis e eletrodomésticos danificados. Geladeiras novas, doadas pela Eletrobrás, fogões, guarda-roupas e colchões sem condições de serem reaproveitados, enchem os quintais. Por todo o lado o desespero se manifesta através de placas de venda. Em algumas casas as placas de” interditado” também estão à vista.

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Algumas famílias ainda estão separadas, com filhos em casas de um parentes, porque  as antigas moradias não tem condições de voltarem a ser habitadas. Esse é o caso de Wellyngton Pires de Souza. Ao ver a situação de vizinhos e demais moradores do bairro, o rapaz largou tudo e foi ajudar no socorro como voluntário. Durante dias trabalhou entregando água potável e sacolões. Quando as águas baixaram a casa de Wellyngton desabou, destruindo tudo o que havia dentro. Sem nada, a família se divide entre a casa de amigos e parentes. A mãe que trabalha como camelô tenta ganhar algum dinheiro para refazer a vida. Sensibilizada Perpétua iniciou na hora uma campanha pelas redes sociais.


O Taquari é o bairro onde a situação é mais crítica. Além de duramente afetado pela enchente, grande parte dos moradores não tem condições de recomeçar sozinho. Para muitos, o anúncio de liberação do FGTS, não quer dizer nada, porque grande parte sobrevive de bolsa-família. Sem o apoio do Estado não terão como comprar madeira para refazer as casas danificadas e nem como desinfetar os quintais. Eles precisam ainda de fogões, geladeiras. colchões e roupas de cama dentre outros.


“Temos que encontrar uma solução que permita a habitação com segurança, sem necessidade de remoção. Eu já pedi uma pesquisa sobre a viabilidade de casas suspensas sobre vigas, eu sei que existe; quero saber os detalhes para propor que seja oferecido para os que não querem deixar o bairro. Acho que o ser humano tem que estar em primeiro lugar nas nossas prioridades sempre. Não é o povo que tem que se adequar as políticas, mas as políticas públicas que precisam se adequar às necessidades da população”, concluiu a deputada Perpétua Almeida.



Angélica Paiva, de Rio Branco


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