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Projeto que propõe a “cura” do homossexualismo é criticado

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Brasília – O coordenador da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT, deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), considerou uma “aberração” o projeto apresentado pelo deputado João Campos (PSDB-GO) que prevê mudanças na resolução do Conselho Federal de Psicologia, com o objetivo de permitir que psicólogos trabalhem na chamada “cura gay”.


“Considero uma aberração o fato de se propor um projeto desses. Querem legalizar um tratamento que enseja tortura psicológica e física. O principal grupo dos Estados Unidos que defendeu a psicoterapia como forma de curar a homossexualidade já veio a público pedir desculpas pelos suicídios que muitos adolescentes cometeram, induzidos por esse suposto tratamento”, argumentou o deputado.


Jean Wyllys avaliou que a inconstitucionalidade da proposta é clara porque fere o princípio da dignidade humana. “O projeto do deputado João Campos jamais será aprovado na Comissão de Constituição e Justiça porque fere o princípio da Constituição que é fundamental, o da dignidade humana. Além disso, a proposta contraria um ponto pacífico na comunidade científica que é a certeza de que a homossexualidade não é uma doença”, destacou.

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“Nenhuma orientação sexual é doença, nem a heterossexualidade, nem a homossexualidade, nem a bissexualidade. Não há hierarquia entre elas e uma não é mais saudável que a outra. São expressões diferentes da sexualidade humana. A comunidade cientifica entende, a Organização Mundial da Saúde também. Se todos os tratados de direitos humanos garantem que a orientação sexual tem que ser exercida livremente, não faz sentido alguém querer legalizar a cura para certa orientação sexual”, rebateu o deputado que aceitou participar do debate que poderá ocorrer na Comissão de Seguridade Social e Família.


“Eu aceito porque é o espaço democrático da gente colocar essas ideias. Talvez as pessoas defendam isso por pura ignorância. Muita gente, talvez, acredite ainda que a homossexualidade é uma doença, porque aprendeu isso. É uma informação errada que precisa mesmo ser erradicada”, disse Jean Wyllys.


Da: Agência Brasil


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