Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
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Até às 17 horas da sexta-feira, 24 de fevereiro, o ex-seringueiro Raimundo Nonato era mais um herói da alagação. Ele integrava um grupo de mais 200 funcionários de uma empresa prestadora de serviços para o Estado, convidado a trabalhar como voluntário, assim como a vitima, Alan Felipe que veio à óbito depois da descarga elétrica sofrida no “gato, que Raimundo Nonato fez. O ex-seringueiro saia de herói para vilão.
– Ele veio do seringal para ganhar a vida na cidade, nunca imaginou que a ligação clandestina pudesse dar no que deu. Foi uma infelicidade muito grande – comenta o advogado João Rodolfo.
Ainda segundo o jurista, seu cliente está abatido, assumiu o erro, mas não admite a conotação política que vem sendo dada ao caso. Rodolfo esclareceu que quando o incidente aconteceu, Raimundo Nonato estava trabalhando. O ex-seringueiro não é filiado de nenhum partido político.
– O senhor Raimundo é um pai de família, tem duas enteadas, uma filha. É trabalhador, honesto, sem passagem pela polícia. Ele admitiu que fez o gato por que estava em estado de necessidade, há dez dias ilhado. A família não foi retirada pela Defesa Civil que em todo momento deixou claro para ele que a prioridade era para quem estava com água dentro de casa – comenta o advogado João Rodolfo.
Ainda segundo o advogado do ex-seringueiro, em nenhum momento a defesa está querendo furtar a responsabilidade de Raimundo Nonato, mas apenas lhe dar o direito de responder ao processo em liberdade. A empresa para qual o acusado trabalhava é quem está pagando a banca de advogados.