Salomão Matos
Da redação de a24horas
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A última leitura do nível do rio Acre realizada as 06h da manhã desta terça-feira (21) de Fevereiro de 2012 pela Defesa Civil Estadual, aponta que o manancial oscilou para mais e chegou a marca de 17,36m, ou seja, apenas 0,30cm separando o mesmo volume de água (17,66m) registrado no ano de 1.997, em que foi considerado a maior enchente da história do Acre.
Ironicamente, a data histórica não coincide com o dia, pois era uma quinta feira dia 20 de fevereiro mas aconteceu no mesmo período do carnaval e o tema da festa naquele era ano era “As Águas Vão Rolar”, na então gestão do ex prefeito de Rio Branco Maurí Sérgio.
Até o momento segundo o Sistema de Georrefenciamento SIG da capital, mais de 13,7 mil residências já foram atingidas pela égua do rio Acre e o último levantamento oficial divulgado na noite de ontem (20), em torno de 24.968 pessoas foram expulsas de suas casas, sendo 6 mil dessas alojadas em abrigos públicos, e a grande maioria foram para casa de parentes ou amigos.
A Defesa Civil perdeu a comunicação com a região do Alto Acre nas cabeceiras do rio Acre e não há dados oficiais quanto o nível do rio em Assis Brasil e Brasiléia, no entanto, as previsões não são nada animadoras, tendo em vista o rio Purus no Amazonas onde o rio Acre deságua, transbordou e faz acontecer o fenômeno do represamento empurrando a água de volta que procura se acomodar de alguma maneira invadindo áreas da parte baixa..
Além dos prejuízos incalculáveis causados pela enchente na cidade, plantações inteiras de grãos entre outras culturas foram perdidas no interior
O prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim ainda não decretou situação de calamidade, mas publicamente vem fazendo apelo nas redes sociais e nos meios de comunicação oficial do governo para que as pessoas doem alimentos, roupas e agasalhos e o que for possível para amenizar o sofrimento das famílias alagadas.
O governo federal, enviou ontem ao Acre uma equipe da Força Nacional de Segurança, trazendo consigo o reforço de 15 médicos além de remédios, mantimentos e barracas de lona.
Por enquanto, tendo em vista não haver previsão de vazante do rio Acre, mais abrigos e novos espaços estão sendo preparados para receber mais vítimas da enchente.