A menor I.S. de 17 anos, foi agredida assim que chegou com sua bagagem no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, onde foi alojada devido a cheia do rio Acre que a expulsou de sua residência, localizada no bairro Adalberto Aragão, em Rio Branco. O caso vinha sendo mantido em sigilo, mas a reportagem teve acesso ao Boletim de Ocorrência de Nº 198/2012, registrado pela vítima, no Primeiro Distrito Policia – Núcleo de Atendimento a Criança e ao Adolescente.
– Eu cheguei fui arrumar as minhas coisas quando esse cidadão chegou e tentou me agarrar à força; quando ele tentou tirar a minha roupa eu gritei. Depois ele tentou agredir a minha filha – disse a mãe da menor.
I.S. se refere ao trabalhador braçal Fareude de Paula Urbano, natural do município de Porto Velho e que mora na rua C Vasconcelos, no Triângulo. Ele também é vitima da alagação e agora está recolhido no 1º Distrito Policial onde o caso foi registrado como importunação ofensiva ao pudor.
A vitima conversou com a reportagem. Embora seja menor, I.S. tem uma filha.
A reportagem ligou por volta das 20h18 para o telefone celular **8* **4* da secretária Estefânia Pontes para saber se a família de I.S. vem recebendo acompanhamento de psicólogo após o registro do caso. Mas a secretária não pôde atender às ligações.
O caso é mais um na lista das grandes dificuldades enfrentadas pela equipe que gerencia a chegada e o acompanhamento das famílias que estão dentro do Parque. Mais de 5 mil pessoas estão desabrigadas. Cerca de 2 mil delas estão em abrigos improvisados dentro do Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, em Rio Branco.
Por medida de segurança o governo do Acre montou uma delegacia dentro do parque, mas devido ao grande numero de pessoas que está sendo assistido, o policiamento tem sido insuficiente. O governo instalou câmeras de segurança na Avenida Amadeo Barbosa, onde está sendo realizado o carnaval popular, mas esqueceu de colocá-las no parque.
Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
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