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Auditoria do TCU aponta que número de policiais federais no Acre é insuficiente para repressão ao tráfico na fronteira

Por
Roberto Vaz

Um relatório do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União revela o que todo acriano já sabe: que o Acre precisa urgente de mais policiais federais.


O Estado possui cerca de 250 policiais federais, para um trabalho de repressão ao tráfico, numa região de fronteira de mais de dois mil quilômetros com dois dos maiores produtores de coca do mundo, a Bolívia e o Peru.


Na auditoria que avaliou as ações de repressão ao tráfico de drogas na fronteira do país, que inclui além do Acre, os estados de Rondônia, Mato Grosso, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Paraná concluiu-se que a estrutura de pessoal da Polícia Federal (PF) não é compatível com a dimensão dessa área.


Nesses estados o Departamento de Polícia Federal (DPF) conta com 1.439 policiais numa de região de fronteira, que abrange mais oito países, além da Bolívia e do Peru na fronteira acriana. São aproximadamente 16,8 mil quilômetros de extensão.


O relatório afirma que a fronteira com Colômbia, Bolívia, Peru e Paraguai – grandes produtores de cocaína e maconha – tem uma dimensão de 11,6 mil quilômetros e abrange os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre e Amazonas. Nessa região, a PF tem 14 delegacias e possui um efetivo de 708 agentes e 118 delegados. Duas dessas delegacias estão localizadas no Acre, a de Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul.


Além do efetivo insuficiente nas áreas de fronteira, segundo o relatório, a rotatividade de pessoal é outro problema enfrentado na região. Em 76% das delegacias fronteiriças, o tempo médio de permanência de um policial é de três anos. Nesse quesito estão incluídas as delegacias federais de Cruzeiro do Sul e Epitaciolândia, que apresentam tempo médio de lotação abaixo de dois anos.


Em média essas delegacias de fronteira contam com cerca de apenas quatro agentes para o trabalho do combate ao tráfico de drogas.


Com base no levantamento e na constatação das deficiências, o TCU recomendou a Polícia Federal que promova mais capacitação de seus agentes e autorize a realização de concurso público para o provimento de mais três mil vagas, o que já está em fase de elaboração.


Luciano Tavares, da redação de ac24horas
lucianotavares.acre@gmail.com
Fonte: TCU


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Roberto Vaz

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