De agora pra frente não vai se assistir mais aquelas propagandas com recomendações médicas para a utilização de tal medicamento. É que estar em vigor desde ontem, normas para coibir a propaganda enganosa de serviços médicos no país. Os profissionais, as sociedades médicas e os hospitais públicos e privados tiveram período de 180 dias para adaptação.
A reportagem ouviu o médico Donald Fernandes. Ele disse que a regra é muito boa e acaba com certo sensacionalismo de empresas que utilizavam grupos médicos para vender produtos. Além disso, os médicos estão impedidos de prestar consultas por telefone ou internet
, até mesmo para parentes. Não podem anunciar o uso de técnicas “milagrosas” e nem participar de concursos como “médico do ano” ou “profissional de destaque”.– Sou totalmente a favor, isso acaba com o mercado que utilizava a medicina para vender seus produtos, acho uma decisão válida para medicina – opinou Donald.
Outras proibições são usar imagens dos pacientes para apresentar resultados de tratamento, os conhecidos “antes e depois”, e angariar clientes por meio das redes sociais.
Os selos de qualidade concedidos por sociedades médicas também estão vetados. Dona de um desses selos, a Sociedade Brasileira de Cardiologia solicitou ao conselho para rever o banimento, sob a alegação que associa seu selo a marcas de alimentos, como margarina, pães, cereais e biscoitos, com menor teor de sódio, gordura e açúcar desde 1991. Segundo o CFM, o caso poderá ser avaliado, mas, enquanto não há decisão, a proibição está valendo.
Quem descumprir as regras está sujeito à advertência até cassação do registro. A fiscalização é feita por meio dos conselhos regionais de medicina e por denúncias encaminhadas pela população.
A nova resolução está disponível no site do CFM.
Jairo Carioca,
Com informações da agência Brasil