Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
jscarioca@globo.com
No final da tarde de hoje (14), segundo a defesa civil, o nível do Rio Acre atingia a marca de 15m96, a medição está acima da cota de transbordamento. Mais de 300 famílias já sofrem com a cheia do Rio Acre. Quem não está com a casa alagada transporta os móveis para lugares mais seguros. É o que fazia o senhor Antônio Melo, morador da rua Santa Terezinha, no bairro da 06 de Agosto. A região está no mapeamento do IBGE como área de favela identificada no censo de 2010. Muitas famílias ainda não foram visitadas pela Defesa Civil.
A previsão para esta quarta-feira (15) é de sol com aumento de nuvens, mas de pancadas de chuvas no período da tarde. Pela previsão de pessoas experientes, como o senhor Raimundo Nonato de Souza [foto acima], o rio deve continuar enchendo. No final da tarde, o aposentado mostrava as marcas de enchentes em anos anteriores, entre elas, a de 1997.
– Todo ano eu marco o local que a água vai. Essa rotina a gente vive há 20 anos. Estamos acostumados com as cheias do Rio. Não quero sair daqui – disse seu Raimundo.
Há regiões que somente com a ajuda de barcos os moradores podem chegar em suas casas. A área de principal conflito entre a comunidade e agentes do governo, na quarta ponte, Avenida Amadeo Barbosa, está completamente tomada pelo represamento do Igarapé Judia. A Eletrobras não suspendeu o fornecimento de energia no local. Moradores da rua Cearense temem que amanheçam alagados.
Mais de 60 famílias foram levadas para o Parque de Exposições Marechal Castelo Branco.
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