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Governista quer proibição de contratação de cooperativas de serviço pelo Governo do Acre

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Ray Melo,
da redação de ac24horas
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O anuncio de um projeto que proibiria a contratação de cooperativas de serviço pelo Governo do Acre, causou um bate boca entre parlamentares da base governista. A proposta é do deputado Luis Tchê (PDT), que justifica a medida com supostos calotes que teriam sido aplicados pelas cooperativas nos trabalhadores acrianos.


“Projeto de lei proíbe o Estado de contratar cooperativas de serviços. Diante dos calotes de empresas que receberam e não pagaram seus funcionários, que trabalham sem garantia de nada”, destacou Tchê, que recebeu o apoio do oposicionista Major Rocha (PSDB), que classificou as cooperativas como “máfia”.

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O deputado Major Rocha (PSDB) disse que “as cooperativas são uma verdadeira máfia. Normalmente são as mesmas pessoas que estão por trás da maioria, que se aproveita para retirar vantagens que seriam dos trabalhadores. Estamos juntos nesta luta. Ficou claro que este movimento é uma organização criminosa”.


O desconforto pela apresentação do projeto ficou evidente na expressão do colega  da base de sustentação do governo Jonas Lima (PT), um dos incentivadores da cooperativas no Estado. O comunista Eduardo Farias também questionou a proposta de Tchê, afirmando que “é precisamos separar o joio do trigo”.


“Vamos tomar cuidado para que ao tentar coibir empresas falsas, nós estejamos barrando uma área tão importante na geração de empregos no Acre”, disse Farias.


O líder do governo, deputado Moisés Diniz (PCdoB) afirmou que fazer da forma que Tchê fez é correto, mas criticou o posicionamento do tucano Rocha. “Vir à tribuna e afirmar que existe uma máfia é muito complicado. O deputado Rocha chamar as cooperativas de organizações criminosas”.


Segundo Diniz, ele estaria dedicando mais de seis meses de sua vida para organizar uma cooperativa. O comunista citou ainda, exemplo de cooperativas que legalizaram atividades, ilustrando com a cooperativa dos marceneiros.


Luis Tchê voltou à tribuna no grande expediente e afirmou que não estaria pensando em proibir as demais cooperativas, que estaria defendendo apenas os direitos dos trabalhadores que estariam sendo lesados pelas empresas de fachada, que se colocam como cooperativa.


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