O município de Jordão, considerado um dos mais isolados do Acre, receberá na próxima semana, representantes do Poder Judiciário, Ministério Público Estadual e da Defensoria Pública. De 30 de janeiro a 3 de fevereiro, serão realizados julgamentos, audiências, além de visitas a órgãos públicos, dentre outros atendimentos.
A promotora Eliane Misae Kinoshita, que atua Promotoria de Tarauacá, integra a equipe. Segundo ela, a parceria entre as instituições visa analisar e evitar o acúmulo de processos na comarca. Além disso, serão oferecidos serviços que só seriam possíveis em Tarauacá, onde para quem mora no Jordão, o acesso só é possível por via aérea ou fluvial.
Outro objetivo da visita das autoridades é orientar e manter contato com a sociedade, e dessa forma, mostrar como atua e o papel de cada uma das instituições envolvidas. Servidores foram destacados para o município para entregar as notificações, divulgar a ação e, dessa forma, agilizar os atendimentos.
Também será analisado o caso de Irineu Kaxinawá, 19 anos, o indígena que está preso desde outubro do ano passado, acusado de furto a uma loja da cidade. Apesar de ser réu primário e ter bons antecedentes, o índio está preso na penitenciária de Tarauacá e teve o pedido de liberdade provisória negado.
Em novembro do ano passado, a promotora Nicole Gonzalez Colombo Arnoldi também esteve no Jordão. A intenção é que, pelo menos a cada três meses, um promotor de Justiça visite o município.
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