Golby Pullig, da Assessoria Sesacre
A conjuntivite viral apresentou em Rio Branco uma incidência maior de casos nos meses de dezembro e janeiro. A doença é contagiosa e pode ser prevenida com cuidados simples como evitar o compartilhamento de objetos e higienizar as mãos com freqüência. Somente na Upa do Segundo Distrito no último mês de 2011 foram registrados 99 casos. Nas três primeiras semanas de janeiro os números subiram e chegaram até esta sexta-feira, 20, a 151 ocorrências.
O oftalmologista e secretário adjunto de Saúde Amsterdan Sandres explica que este tipo de conjuntivite é comum nas mudanças de estação e que não são transmitidas pelo ar, mas por contato manual e com objetos contaminados. Como uma caneta, por exemplo, manuseada por alguém que esteja com conjuntivite e não lavou corretamente as mãos pode ser um foco de contágio. “Evitar compartilhar objetos e roupas, além de lençóis, toalhas, lenços, fronhas e manter os olhos limpos ajuda a não proliferar a doença e diminuir os riscos de complicação dependendo das condições pessoais de cada um”, orienta Sandres.
O ciclo de evolução da conjuntivite viral é de 5 a 7 dias, mas a propagação do vírus pode durar até 14 dias após os primeiros sintomas . No período mais crítico é recomendado que não haja contato próximo ou íntimo entre as pessoas como ambientes escolares ou de trabalho. Manter os olhos higienizados e até compressas de água fria ajudam a evitar que a doença se agrave e aumentam o bem-estar. Um profissional médico clínico pode avaliar e orientar o paciente sobre o tipo de conjuntivite e encaminhar a um especialista se o caso justificar.
Uma recomendação importante feita pelo oftalmologista é nunca utilizar receitas caseiras. “Essas receitas não curam e podem até agravar a conjuntivite”, alerta o médico que cita como tratamentos populares inadequados o uso de clara de ovo, leite materno, água com limão e até açúcar. “Já ouvi relatos de pessoas que usaram urina sobre os olhos. Isto não funciona e prejudicam o tratamento”, diz.